Não Fales

Data 15/12/2010 12:25:08 | Tópico: Prosas Poéticas



Nao ouvi a tua voz, no entanto sussurravam distantes sons dispersos numa tentativa incansavel para me alertar para magoas sem fim.

O teu sorriso partiu, sem se despedir. O brilho do teu olhar esvaneceu sem esperar pelo meu aconchego.
Perdi-te, assim...

Desde entao, a escuridao prevalece em nossas vidas perdidas num tempo que nos roubou momentos felicidade e nos somou instantes de tristeza.

Nao sei se alguem te vai cuidar como eu cuidei, se te beijar como eu beijei, se te vai amar como eu amei.
Nao sei se encontraras o caminho, sem me teres contigo.
Nao sei se foste embora porque eu deixei, se foi porque te magoei.
Nao sei se me esperas como amigo ou me arrumaras para sempre em tua mente, como desconhecido.

Calaram-se palavras, beijos, desejos e promessas de anos que eram eternos.
O meu reflexo permanece vazio, a espera que um espaço seja preenchido.

Deixei-te ir... Sem te prender, sem te amarrar a mim, sem te olhar nos olhos, sem te pegar na mao. Deixei-te sem quando nem porque.
Sem verdades nem mentiras.
Sem um todo, sem nada e sem ninguem.

Foi tao facil de perder, tudo o que foi dificil de construir...

Nao quero que fales...
Nao preciso das razoes, nao preciso de te ouvir, de te falar, de te ver...
Nao preciso da escuridao que trazes, que contrasta com o brilho da luz que anseio procurar, num outro tempo, num outro lugar.

Nao te quero olhar, e saber que te irei odiar. Nao preciso da justificaçao para o que terminou, que me desfaz lentamente, como estivesse condenado a sofrer eternamente.

Quero-te vazia sem significado, sem coraçao, sem lagrimas, sem voz.
Quero-te perdida, encontrada em insignificância...
Quero a memoria do quase perfeito, do quase feliz, do quase tudo, sem seres nada...

Quero lembrar-te enamorada.
Quero-te somente assim...calada.

Catarina Portela
Nao ouvi a tua voz, no entanto sussurravam distantes sons dispersos numa tentativa incansavel para me alertar para magoas sem fim.

O teu sorriso partiu, sem se despedir. O brilho do teu olhar esvaneceu sem esperar pelo meu aconchego.
Perdi-te, assim...

Desde entao, a escuridao prevalece em nossas vidas perdidas num tempo que nos roubou momentos felicidade e nos somou instantes de tristeza.

Nao sei se alguem te vai cuidar como eu cuidei, se te beijar como eu beijei, se te vai amar como eu amei.
Nao sei se encontraras o caminho, sem me teres contigo.
Nao sei se foste embora porque eu deixei, se foi porque te magoei.
Nao sei se me esperas como amigo ou me arrumaras para sempre em tua mente, como desconhecido.

Calaram-se palavras, beijos, desejos e promessas de anos que eram eternos.
O meu reflexo permanece vazio, a espera que um espaço seja preenchido.

Deixei-te ir... Sem te prender, sem te amarrar a mim, sem te olhar nos olhos, sem te pegar na mao. Deixei-te sem quando nem porque.
Sem verdades nem mentiras.
Sem um todo, sem nada e sem ninguem.

Foi tao facil de perder, tudo o que foi dificil de construir...

Nao quero que fales...
Nao preciso das razoes, nao preciso de te ouvir, de te falar, de te ver...
Nao preciso da escuridao que trazes, que contrasta com o brilho da luz que anseio procurar, num outro tempo, num outro lugar.

Nao te quero olhar, e saber que te irei odiar. Nao preciso da justificaçao para o que terminou, que me desfaz lentamente, como estivesse condenado a sofrer eternamente.

Quero-te vazia sem significado, sem coraçao, sem lagrimas, sem voz.
Quero-te perdida, encontrada em insignificância...
Quero a memoria do quase perfeito, do quase feliz, do quase tudo, sem seres nada...

Quero lembrar-te enamorada.
Quero-te somente assim...calada.

Catarina Portela



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