Data 20/12/2010 20:19:31 | Tópico: Poemas -> Natal
Sob o mármore frio da pedra tumular jaz o meu corpo transformado em pó heras verdes adornam o meu sepulcro as gerberas perfumam o ambiente soalheiro da minha ultima morada
Deslizo por entre corpos desfeitos meus passos invisíveis marcam o chão arenoso ninguém me vê, ninguém me ouve mas eu vejo e sinto o teu coração simples humano
A incongruência é total atingindo patamares de crueldade errantes, deambulam envoltos em sofrimento, solidão, egoísmo e descrença
(Meus olhos estão secos, mas o meu coração chora)
Revolto-me, reclamo mudanças penetro-os e tento vislumbrar escondido no mais profundo recanto da sua transcendência…. o amor a força motriz da evolução a energia gravitacional cósmica
E meigamente transforme-os em ânsias descontroladas de amar
Percorro íngremes caminhos envoltos em luz, suspensa da aragem que refresca, a vontade do meu querer.
A terra infértil reproduz-se o eco dos risos cristalinos explodem em melodias existenciais os olhares suavizam-se e as mãos ágeis movem-se esculpindo estátuas vivas de ternura e solidariedade
Um sorriso doce desenha-se no meu rosto invisível
As badaladas do sino secular ressoam visualizo o tempo intemporal decorreram séculos mas o mundo finalmente mudou
O sino volta a badalar meu cérebro desperta o luar penetra no meu quarto foi mais um sonho… e dos meus olhos soltam-se lágrimas de desilusão
Ah se eu fosse anjo…. Neste Natal tudo seria diferente
Que o verdadeiro espírito do Natal, o espírito da solidariedade e da compreensão vos acaricie numa brisa quente e suave.
A todos vós poetas o meu muito obrigado
Uma mensagem simples mas profunda Acreditar sempre