
Perder o sul
Data 21/12/2010 02:17:46 | Tópico: Poemas
| Sul Cálido, nu…estéril. Mudo a rota dos sentidos num voo breve só de ir. Cardos ventos frágeis em minh’alma desertam desobrigados do adeus. No ar grisam andorinhas estonteando esboços mágicos e poeira magra e fina. Rupestre intuição quando o antever perfuma o ar de viagens ao nunca mais. Desbragado ao som da horas o meu hino envilece o riso… Sempre me deram razões vadias para rir sem alegria. Agora tu ás horas do meu rum… Deste norte aos meus dedos sós.
Rum Amigo Delira alto A bocejar Um escorrego Desta noite Agrilhoada Nos teus propósitos De me ser Eternamente Fonte ébria Sóbrio Despertar… Tuas mãos de seda No tempo Que me prende e Desata leve O nó da alma Que se fez laço Embrulho… Do nosso corpo No teu leito Acostumado E eu… Que não sabia Onde o quente Te cabia E que o amor Nos fazia… Dei por nós Consumados. Depois rum… Rim Ri Rubor De fazer gelo Para esfriar O pulso A face O lábio O torpor… Tentar… Ser um pouco… Mais Que amar…
Sul Cálido, nu…estéril. Mudo a rota dos sentidos num voo breve só de ir. Sempre me deram razões vadias para rir sem alegria. Agora tu ás horas do meu rum… Deste norte aos meus dedos sós. Perdi o sul.
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