relógio d'água

Data 22/12/2010 14:26:07 | Tópico: Poemas

As horas abriram-se

brancas

e eu
sem saber o que fazer
com tamanha imensidão

escondi-me negra
na segura solidão
do relógio de parede.

Agora os ponteiros
são pernas mancas

e eu

relógio d’água,

a ironias tantas,

afogo a tempo
o tempo que corre

e que morre de sede

de verdades brancas
e verdades negras

nas paredes tantas.



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