QUASE SEMPRE

Data 03/09/2007 19:17:43 | Tópico: Poemas

Ao poeta, que se diga que minha
pátria é a lágrima. Generosa,
se oferece e não deixa que me sinta
brasão. Desnuda-me quando veste
os instantes em que minha emoção
vira fronteira para qualquer
realidade ou do que se preste.
Traduz o riacho de Smetana,
a morte por delícia em Veneza,
a visão de uma gare, o eu
menino tocando gaita, o beijo
final, do mármore quando ajusta
a beleza, o Sermão da montanha,
a pele enrugada pelo sol grego
e o relembrar de amor do cheiro
da pitanga evolando-se no quintal.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=16728