-Etéreo-

Data 24/12/2010 09:46:17 | Tópico: Sonetos

Caminha a meu despeito esse desejo.
Viaja pela rota inesperada.
Eu penso enxergar, mas nada vejo,
Eu creio tudo ser, mas não sou nada.

A força que me move muita vez
É a planta que desejo ver ceifada;
Lamento que me abóia feito rês
E põe-me a caminhar por essa estrada.

O peso em nosso dorso é o peso certo;
A cota que nos cabe é a que é decerto
Aquela que nos forja plenamente.

Sou pedra sutilmente lapidada,
Sou água sabiamente renovada
Nas tramas dessa força inconsciente.


Frederico Salvo




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=167417