
DÁ A SURPRESA DE SER…
Data 30/12/2010 18:56:41 | Tópico: Poemas
| Dá a surpresa de ser o espanto de nosso ser. Pequeninas, pequeninas estrelas, que, no azul, cintilam distâncias, levam a voz do homem, ainda criança – e na palavra mole da infância, árvores são plantas e flores têm nome de mulher (como as andorinhas, de par em par, sua graça: primavera).
Amanhecem as minhas penas, que de esperanças andam desavindas, e o sol doira nos espelhos, que evito, por lhes saber a constância e a ilusão – além muito além, onde o horizonte, mais não é que um pobre risco circular, cedendo à vontade das cores “arco-íris” (nuvens esgarçadas mais o verde das folhas, de olhos fechados).
Saio do recesso de minha vigília. Na janela me debruço; guardando jardins abertos – onde medra a ervinha e os jasmins, e tu costumas passar, jarra na cabeça, pés descalços ( e no teu corpo femíneo, um “adeus”, de mãos enternecidas, que no poema versado, folhas desfolhou).
Jorge Humberto 29/12/10
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