Data 03/01/2011 20:31:04 | Tópico: Poemas -> Saudade
Juraria que te vi… Até mesmo… que te senti! Ao longe… acenando para mim Ao perto… num ávido beijo sem-fim! Juraria que não eras um triste fim Que apenas e só, tu serias… o princípio de mim Um amanhecer de um azul vivo que eu nunca vi Um… avermelhado entardecer no qual eu te pedi… Para nunca partires muito antes de mim! Juraria que ontem algo de diferente no meu coração senti Tempestades de alegria e amor se abatiam sobre mim Avalanches de enormes sorrisos desprendiam-se de ti O mundo era tão pequeno e a nossa felicidade não tinha fim! Juraria que hoje… não estou na realidade, em mim Que parti… muito antes de ti E que a última vez que eu te vi… Tu tinhas-me prometido que jamais serias o fim No entanto… viajo agora no tempo infinito sem ti! Juraria que amanhã… voltaria a jurar que te vi Mesmo sabendo que tu… não estarias junto a mim Até porque…já há muito que o meu tempo chegou ao fim Aquele tempo… que o princípio de ti… Apenas durou milésimos de segundos dentro de mim De uma eternidade que eu acreditei existir em ti Mas que afinal foi só um curto sopro de vida que passou por mim! Sim! Juraria mil vezes! Mesmo que soubesse que este meu cego juramento Nunca mais levar-me-ia até… ao lindo sonho que tu és para mim. Mesmo que tu… não me revelasses onde estás agora!
(“O abstracto nem sempre é difícil de imaginar ou compreender… desde que nós tenhamos uma ideia fiel no que nele, queremos de verdade encontrar ou simplesmente ver!” apollo_onze)