
Postulado Nulo (2)
Data 06/01/2011 01:50:18 | Tópico: Poemas
| Na prática precária do meu existir é que te amo; dentro de mim, em meu silêncio, em pequenas pausas e eternamente. Na manhã sensória dos desejos canto-te o mel e a dor de amar-te, presa que estou num fluir sem fim.
No desvendar dos meus labirintos é que te amo; embalsamada em vinho e em sal, vestida de novas memórias em branco. Na tarde abstrata dos sentidos rendo-me, calma, aos teus dias simples, longe que estou de solenes passos.
Na aspereza das minhas verdades é que te amo; embaraçada em destino e em sonhos, posta no abismo dos teus hemisférios. Na noite subterrânea dos princípios deito-me à margem dos teus sentimentos, sombra que sou da irrealidade.
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