
SORTILÉGIO
Data 06/01/2011 14:58:51 | Tópico: Poemas -> Amor
| Um dia uma cigana leu a minha mão. Guerreiro? - Sorte nas armas; desgosto no amor. Num trejeito de ombros com desconfiança assenti Eu era jovem e o coração, pulsava forte em meu peito. Arengas de velha, conclui. Muitas lutas em campos estranhos lutei. Por tênues fios tive a vida presa. Sempre venci. Sorte nas armas! Em estratégias cuidadosas, em planos bem traçados, por sina, como leão pelejei. Louros acumulei e pelo poder não me deixei seduzir. Eu sempre venci! Fui magnânimo para com os vencidos... Hoje ha muito, o sol cruzou a linha do meio dia, da minha vida e a muitas mulheres conheci. Troféus de vitórias as vezes, generosas e sinceras em outras ocasiões. Brincadeiras de intervalo entre um momento e outro da eternidade. Uma só vez, de coração disparado lutei sem vontade de vencer. Uma flexa perdida me atingiu, depus as armas e me entreguei. Por amor sofri e ainda hoje sofro. A esta derrota amargo, em um coração cansado que as vezes parece querer desistir. Um dia uma cigana leu a minha mão. Guerreiro?: Sorte nas armas desgosto no amor! Eu deveria ter acreditado!
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