BOA-NOVA
Data 09/01/2011 16:29:06 | Tópico: Poemas -> Alegria
| Nunca olhei para trás; talvez porque o passado não me seduza. Ou talvez, quem para trás, fica observando, fita a Medusa, que o vai devorando.
O passado ao passado, pertence… e vamos na vida, que se chama presente. Quem assim, de si, se convence, verá doirar o entardecer, num Poente, a envaidecer.
Escrevo, porque me dita a alma… e tocam os sinos, da minha aldeia. Arrebatem na tarde, com calma, a chamar as gentes ao Adro – o que aqui foi, é e semeia, embora eu preferisse, sonhar um Prado.
Dormi, sonhei, um pássaro cantou. Corre o rio, para onde lhe leva o mar. Cingiu de prata o céu, a lua, que lá amainou. E as estrelas, aos pares, indecisos, a Boa-Nova, vão levar, àqueles mais doídos e imprecisos.
Jorge Humberto 09/01/11
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