
DIZEM QUE MINTO
Data 11/01/2011 16:40:52 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Tudo que vejo ou sinto, fora da imaginação, é tudo quanto minto – eis a douta emoção.
Não minto, quanto penso. A Razão, está certa ou errada – é como lenço, vai no vento, que a cerca.
Como tudo que escrevo, antes de mais o medito, não vá ao que devo, não ser no outro, o que incito.
E no limiar da incerteza, àqueles que me hão-de ler, ser rei, sem realeza – que mais vale ter, do que parecer.
Se ouvisse a voz do coração, ao pensamento o algoz, não haveria verso nem canção, que ele se ilude, com tanta voz.
Assim, o que narro, a descrever, é um som de mar, à praia dada – é porque é, e se quer crer, águas indómitas, onde já não há nada.
Isto é bonito e de realçar, porque nasceu de minha imaginação. Entanto ficou-me nas mãos, o sal do mar, e um pensamento de haver continuação.
E vou por aí, alcançando sonhos, quando a tarde é de um louro macilento – flores silvestres, medronhos; que melhor que isto, como argumento?
Jorge Humberto 11/01/11
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