Fome

Data 12/01/2011 22:50:21 | Tópico: Poemas

A côdea áspera
Arranha-me a língua...
Finou-se a espera
Que foi de míngua
Com pouco sustento.
Finou-se no momento
Que agarrei no tempo
E o pus quieto
No seu fundo canto...
Sem encanto.

A côdea está dura,
Risca-me os dentes...
Deixou doença por cura
Em tons dormentes,
Leves, fortes...

A côdea já se foi
E a saliva procura-a...
O vazio ainda se rói
E a saliva procura-a.

Valdevinoxis

(08-01-2007)



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