Nesse tempo em que os amantes por vezes se tornam errantes

Data 14/01/2011 15:48:30 | Tópico: Poemas -> Amor

Dueto (Ricardo Neves e Patrícia Ximenes)

Nesse tempo em que os amantes por vezes se tornam errantes

E nem se apercebem que o amor causa dor,
Dissabor língua morta para o amor desaparecer,
É um abre e fechas-me as portas do coração,
Fecha os sentidos e eles só contam com cada um,
Dos seus umbigos.

Que embora pequeninos se tornam enormes!

Castelos e muralhas onde a cruel mas necessária realidade,
Não passa e assistem a sua própria desgraça e o mundo não,
É um eterno compasso de espera ela desespera e ele a espera,

Num sonho mais bonito ele só vê a beleza,
Ela só o vê no seu elevar como será quando,
Ela pousar os pés na realidade?

Nesse tempo em que os amantes por vezes se tornam errantes!


(Ricardo Neves)


E sendo errantes tornam-se plenos;

Cheios de ternuras bobas perante a realidade
Exalando felicidade aos olhos em sua volta
Preocupação mínima quando o sonho acabar
Esse sonho de viver amor infinito
Cujo momento também é infindo
Já que o amor fá-los bobos,
Egocêntrico de um querer.

Num desejo ímpeto de buscar sempre mais!

As muralhas permanecem rígidas, triunfantes
Feito mágica a proteger do gosto amargo da dor
Uma dor de amor que no início não se percebe
Apenas se sabe e se reconhece
Quando no peito não há mais clamor
E nenhuma súplica por amor!

Nesse tempo em que todos os amantes são bravos errantes!


(Patrícia Ximenes)


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