
AMOR SEM BARREIRAS
Data 14/01/2011 18:39:31 | Tópico: Poemas -> Amor
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Gostaria que não me soubesses doente, que eu só estivesse triste ou contente, e raiasse o dia lá fora, pousando asas no rio, como borboletas de cores, sem haver frio.
E tu continuarias o rito, de tuas Novenas, entregue à tua fé, que não tem mecenas, senão uma infalível crença, desde menina, que te trouxe pela vida fora, tão pequenina.
Ao bom Velhinho, prometes coisas sem par (assim o tenho, na imaginação, se sou sonhar), às crianças e aos velhinhos, nunca esqueces, que são os primeiros, a quem pedes benesses.
E como eu estaria saudável, colheria flores lindas, que, aos sentidos, causam torpores na alma; com as flores, iria o meu coração, que, só por ti, estariam em eterna floração.
Correríamos, montes e vales e alguns prados, co navios no mar, que, vistos, nos fossem dados; mil aventuras teríamos – um beijo a colorir, se mágoas tivéssemos aqui, com que carpir.
Sem ver, ver, para além de crer. Sonho. Ilusão. Quem a Sorte nos dá, e, a nós, a falsa sensação? Tudo é certo ou errado, desleal testamentário… mais vale a comicidade, um Teatro fútil e Hilário!
Bem sei, amada Mulher, que somos diferentes! Em anos que já lá vão, nunca por nunca ausentes! A crença, que é tua, a mim me escapa, e tolhe – só a fé no Homem, inda que em erro, mi vida escolhe.
Desleal, ao que são meus sentimentos, a aflorar, por ti, tudo esqueci, e deixei-me, em flor amar… Se me arrependo? Nunca… em vidas por haver. Tu me pertences. Eu te pertenço. Eis o nosso ser.
Jorge Humberto 14/01/11
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