Espelhos d’água No meu rio A furar o vazio Cofre forte Em estado anémico Sintomático Sorumbático
Cai o dia E é a noite a madrugar Nos meus olhos E é neblina lá fora E é tudo cabisbaixo Em pequenos baixios Portas escancaradas E a noite sem céu Afogou as estrelas E os dardos Carimbos nas tuas mãos Pirilampos na enseada E na montanha faz breu Faz breu na montanha
E é noite E é neblina lá fora Maresia Mar revolto Lugar ao sol Fragmento de um amor meu Inerte Calado Farto Sem sorte Sem Norte Que o teu tempo me deu
Espelho meu Meu Assur lilás Rosto escancarado Estradas sem nome E no azul Hà um amor seu E é furor Fulgor Teor Imaginado Configurado Destratado E eu sou eu E tu és tu Meu senhor Ancorado Meu amado Amado meu
Conselheiro de um mar salgado E o caos é a ordem Nas bifurcações De uma ordem inversa No forte Onde impera a mudança Da ordem natural
E o vigilante farol Acoplado ao vazio Onde o nada É só um ponto minúsculo Mas pereceu E eu sou só eu Em todos os pontos Onde és meu
|