
Embriagado…
Data 16/01/2011 13:49:28 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Embriagado…
Ontem choveu… Cheguei a casa embriagado, Estava tão encharcado Que fui vestir um novo eu. Deixei de lado a roupa molhada; Livrei do rosto a máscara magoada E agora sem mais depois Não sei sequer o que fiz; Mas cá dentro, uma voz que me diz: “Acabas de nos destruir aos dois… Diz-me por favor, que isto é fim! Que não quero viver contigo assim…”
Ele que é tão racional; Esse eu que não consigo desligar, Queria poder ser só um animal E não ter sequer de pensar!... O álcool corre-me nas veias Rosa-me as minhas feições feias; Peço-me: “Por favor mais!, Que o copo está vazio…” Não há quem ouça os meus ais. Eu sinto-me tão frio! A bebida ferve na garganta, No palco há um fadista canta Um fado que é meu; Ponho as mãos à testa Que raio de vida esta, Que Deus me deu!
Lá acabei por me conseguir levantar; Aos encontrões lá a porta Acabei por encontrar… Com a visão meia torta, Empurrei-a e saí; Caminhei apenas uns metros e caí… Ouvi alguém perto de longe a dizer: “Baza gamar este tipo embriagado, aqui! Está tão para lá Que nem sequer saberá, O que raio lhe aconteceu…” Acabei por adormecer sem saber o que levaram meu …
Só acordei com a chuva na cara, As gotas com a forças de cascatas, As bebidas eram baratas E noite saiu-me tão cara!
(…)
Nota de autor: Este texto continua em construção, Por isso qualquer parte acima poderá ou não ser sujeita a modificações
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