Sonho de poeta

Data 16/01/2011 19:00:17 | Tópico: Sonetos

Sonho de poeta

Sonhei que eu era um poeta já feito
Aquele que nesta vida tudo bem sabe
Que rima e faz um poema perfeito
E em qualquer assunto é sumidade

Sonhei que os meus versos falavam
De tudo que há de bom neste mundo
E todos os que liam só me elogiavam
Por meu jeito de escrever, profundo

Sonhei que aqui eu era o número um
E como eu não havia poeta nenhum
Que alinhavasse seus poemas tão bem

Mas eis que quando do sonho acordo
E desta grandeza, então me recordo
Caio na real que não sou ninguém.

jmd/Maringá, 16.01.11
"Sumidade é aquele que alcança o ápice da carreira, está no cume, no simo. Ser sumidade não é para qualquer um. É preciso ser o primogênito ou O herdeiro da profissão e da transmissão do pai.

Mas, pai, por que não pode haver um lugar digno para cada um? Por que só um herda o amor do pai? O Sumidade aprende desde cedo a massacrar os irmãos, é assim que ele aprende a liderar e se manter na liderança, assediando e massacrando os menores. O Sumidade é arrogante, fala de cima, olha por cima e ri da desgraça dos outros.

Os sumidades, privilegiados filhinhos de papai, são uma classe de líderes que ocupam os mais altos cargos na hierarquia social e isto porque os homens se organizaram desde tempos imemoriais para se manterem no poder. Usam Deus para justificar o assédio aos menores. Deus? Uma grande armação dos homens. Tanto a Igreja quanto o exército servem a eles".





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=170885