O inquebrantável género da roda e dos dias amargos

Data 16/01/2011 22:11:24 | Tópico: Poemas

No artigo1 …
Eu tinha uma cidade…
Umbigo, básculas no teu corpo Latifúndio.
Ou cidade, outra cena de terra que me eram encostos namorados…
Socalcos, lagartas de vindima, uvas exclamativas como prisões…
E quando expiravam assim coisas como um segundo ou menos até…
Fazia dos joelhos alavancas e o vazio era compromisso lavrado onde o suor projectava todas as escolas de silêncio a beber champanhe e sei lá que mais.
Havia um arlequim, asnático, menino com orelhas de burro sem edição extra de recreio, ou pátio, ou céu ou pássaros que lhe resolvessem todas as imprecisões de raiva nas contas de dividir o pão, o mundo e o medo de ser o ser que sabia sábio o só, o sono e o som dos ses sem sol, porque era cego e cortaram-lhe as mãos.
De facto não existiam sequer sombras na pradaria.
Nem crianças, nem homens nem úteros de sêmea que fecundados inventassem o termo, o mero, o sorriso.
Para contas, um rosário quadriculado, repartição publica de sombra com fuste clandestino pelas cercas, protelando loquazes homens para ser, o amanhã com braços funcionários sem colónia ou férias penais.
Anoitecia uma pauta e a morte que acaba com todas as rimas era um cântico perseverante a chapinhar com as solas ambulantes distritos imperialistas onde um homem se ouve a si próprio.
Deixou a terra de cantos, quatro, já que as suas formas redondas desovaram o heptágono e num dizer híbrido trajado de magma, apostrofou os mares os, filhos, o demo, nuns sete filhos da tarde lá pela hora dos acepipes despojados á mesa com a meia-noite.
Ainda assim são os homens sem deus que fecundam os óvulos escolhidos.
Porque a morte acaba com todas as rimas, até com a fome, até com a morte…mas nunca com o amor.
Um café por favor.



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