Alma ao vento

Data 17/01/2011 23:58:58 | Tópico: Poemas

Nos alimentamos de tão pouco
as vezes um verso rouco
é o bastante para saciar.

Pensamos tanto, um pensar louco
que as vezes um ouvido mouco
é muito bom para acalmar

A alma, esta velha senil
que de tão vivida e gasta
já não lembra dos portos que já partiu.

Muito menos dos destroços
de uma vida que há muito ruiu.

Velha alma modorrenta
senil e atenta
em busca de algo que ainda não viu.

Quem sabe uma pandorga de cor
com cauda de versos de amor
de um amor vivo que ainda não sumiu...

Agarra-se a velha alma
na esperança de voar junto
mesmo que apenas presa por um fio.



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