Rosas Ocultas

Data 19/01/2011 21:15:44 | Tópico: Poemas

Perguntei por rosas ao redor de mim…
Tudo era peito.
Beijei-te nos olhos essas mágoas serenas no rosto de fímbria.
És prumo.
Pedra firme no colo dos desamparos, rumo de portos e gente inalcançável.
Por aonde navega o sangue?
Inebriamento obliquo como o som do alumínio nos teus olhos.
Hás-de ter para aí luas ditosas…
Noites de tanto e de morte como quando te recriminam os olhos a partir instantes.
Reprimes o seio e cravas de espinhos e fumos e rosas as geografias faraónicas onde escondes a alma.
No teu berço de quietude suponho os seixos do rio adormecidos no fundo.
O teu vaso é um âmago diáfano de miosótis sem morada lavrada…
Perguntei por rosas ao redor de mim…
E fosse proibido divulgar o que se oculta só eu te saberia esses infinitos castanhos que são entes supremos dos meus recantos calados.
Devoto assim coisas como cidades a inventar orações.
Os cães, as silvas, os canaviais, os postes de electricidade distantes…
E tens o longe em forma de mão e um diadema prófugo nos teus reinos de ensejo.
Qualquer que sejas, serei.
Perguntei por rosas ao redor de mim…
E fosse proibido divulgar o que se oculta só eu te saberia esses infinitos burocratas que nos fazem distância e agenda com dias marcados para regressarmos ao antes.
Ao ter…
Rosas no peito.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=171413