Às vezes me pego a pensar Pensar em coisas indevidas Reflexões que me entristecem Que deveriam ficar esquecidas
Coisas passageiras - nem tanto Coisas fixas em minh'alma Estou sozinha, estou sozinha! Nada que me acalma
E me questiono assim: E quando simplesmente quero chorar? Não por amores falsos Mas pelo pranto não poder segurar?
E quando me sinto sufocar? Sufocar nesse vazio gelado Por essas mãos invisíveis Que tocam em meu machucado?
E quando me vejo cair? Meu Deus, é um buraco sem fim! O mundo gira ao meu redor Vertiginosamente dentro de mim
E quando nas noites caladas Do meu sangue farta-se a solidão? Nem meus fantasmas de sempre Estendem-me sua pálida mão
E quando já não sei mais quem sou? Busco faces perdidas em espelhos quebrados Os vários pedaços de mim Esquecidos, no chão, estilhaçados
|