QUEIXUME

Data 24/01/2011 01:21:42 | Tópico: Poemas -> Desilusão

Chegaste, assim, de mansinho,
quando eu, carente, sozinho,
andava em busca de amor.
Lembrava, então, o eremita
que, entre penhascos, transita
à cata de rara flor...

Chegaste, ficaste um pouco,
bem pouco, e deixaste louco
de amor este coração
que, agora que te partiste,
bate no peito mais triste,
bate, talvez, sem razão...

Nunca mais, nunca mais, juro,
quero amar! Que o amor mais puro,
é seta que avança ao Nada.
Sofro a dor do colibri
depois de noite agitada:
- Onde a flor que estava ali?
- Ora, a sua flor!... foi levada...



Do Livro "Estado de Espírito", de Sersank



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