Num rio

Data 24/01/2011 14:34:12 | Tópico: Poemas -> Introspecção

Levadas as sedas pelo tempo
Sulcada a pele que as cobria
Basta-me sem um lamento
A água a correr menos fria
No rio onde navego, leve

As margens amparam o espelho
Onde me olho tranquila
As dores seguram o leito
Fecundado pela vida
Num viver de quem se atreve

Nascem flores nas suas margens
Freixos, silvas e salgueiros
Onde seguro as imagens
De sonhos sempre primeiros
Para que em sonhos me eleve

Deixou-me o tempo o encanto
Tecido na minha essência
Deixou-me o tempo um recanto
Com um punhado de inocência
Para que a meninice preserve




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