
MITOLOGIA SUMÉRIA
Data 25/01/2011 09:10:09 | Tópico: Sonetos
| MITOLOGIA SUMÉRIA
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Anu ao dirigir o Céu imenso Suméria maravilha, um deus aonde A sorte noutro passo corresponde Ao quanto se desenha e mesmo penso, Esposo de Antu, Pai de Enlil faz parte Da trindade que reina no infinito Marcando cada passo em belo rito Poder absoluto assim comparte. Enlil o deus dos ventos e Ea das águas Até que tendo o reino ameaçado Promete a sucessão a quem liberte E nisto de Ea o filho então desperte E trama em rara herança este reinado, Assim Marduk se fez o vencedor, Herdando então de Anu todo esplendor.
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Adad, entre os assírios; deus do vento Domina os temporais, brisa e tufões E nisto nas diversas dimensões Trazendo tanto alívio e sofrimento, O quanto na verdade busco e tento Vencer as mais atrozes sensações Movendo nos espaços direções Aonde poderia estar atento. E bebo a sensação de liberdade Ousando noutro rumo, até que venha A vida onde deveras desempenha Terrível tal fator em tempestade, Marcando o que inda possa e nunca veio No passo mais audaz, em devaneio...
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Inanna representa o dom do amor, Em Ur a consagrada e deusa bela Aonde toda a força se revela Marcando em alegria e destemor, No passo que permita sem rancor, A sorte noutro encanto ora se atrela E bebo da esperança aberta a vela Vagando sem descanso enquanto eu for, Damuzi, resgatado dos Infernos Pela deusa decerto enamorada Trazendo vida a toda humanidade, E neste caminhar em trevas; ternos Momentos noutro rumo; a vida grada E todo este futuro em sonhos brade.
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O deus das águas, Enki se traçando Na tríade que toma em plenitude Reinado dos sumérios e assim transmude O todo noutro passo imenso e brando, Também tendo em poder; sabedoria Sabendo dos segredos: vida e morte, Portanto a cada instante traz o aporte Que o todo noutro encanto mais queria. Após a construção de um lar distante Neste sétimo dia descansou, E o tanto que pudera e se mostrou Trazendo o que em verdade se garante, Porém o resultado desastroso Tomara outro caminho, pedregoso...
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Antu; deusa da Terra, de Anshar filha Casando com Anu a sorte traça Em neste caminhar o quanto passa A vida noutra senda agora trilha, A mãe dos Utukki e de Anunnaki Traçando a cada instante este saber Moldando noutro passo o amanhecer Diverso do que visse desde aqui, A filha de Kishar deusa sublime E tendo a mais perfeita dimensão Dos dias que deveras já virão Aonde toda a luta nos redime, Abençoada seja mãe da Terra, Meu canto em Tua luz hoje se encerra.
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Enlil ao dominar inteiro este ar Afasta as divindades dos humanos E traça com vigor seus duros planos E passa num instante a conquistar Nas guerras tão constantes vai mostrar O quanto que se possa em ledos danos, E vendo os dias rudes, soberanos Numa explosão marcando este lutar. E quando apaixonado por Ninlil A violentando, nisto o que se viu, Fora expulsão do deus para o submundo, Porém apaixonada a deusa volta E aceita apascentar qualquer revolta Em nome deste amor, duro e profundo.
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Nanna o deus que traz a bela lua Nascendo deste amor que a sorte viu Traçado entre Ninlil e o rude Enlil Trazendo a raridade onde se atua Desde o nascimento, prometido A Ereshkigal até que enfim casasse Vivendo com Ningal o quanto trace O mundo onde o caminho em paz lapido, Shamash e Inanna, os filhos deste par Em noite tão sobeja num instante O quanto se presume e se garante No raro e desejado bom luar, Vagando pelo espaço sideral Conforme desenhou Ereshkigal.
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Ninhursag deusa mãe ditando a sorte E gera com completa imensidade O tanto quanto possa e nos agrade Tramando o que deveras nos conforte, A vida em tal momento gera o norte E nisto o que pudesse em liberdade Traçando o quanto quer em claridade, Deixando para trás o ledo aporte, Resumos de outros passos noutra senda, Ao quanto cada instante nos atenda Mostrando o quanto possa acreditar Na deusa principal que se mostrara Além do quanto a vida é nobre e rara Vibrando além do passo a se entregar.
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Shamash o deus solar traçando o passo Aonde o que pudera se anuncia A sorte sem saber desta agonia Espreita qualquer tom além cansaço, E o vento noutro rumo quando o traço A luta se pudera em alegria Viceja dentro da alma o dia a dia, E o medo se transforma, mais escasso, Solar presença dita em claridade O dia com sobeja majestade Formando em tons diversos céu imenso, E quando me imagino do teu lado, O sonho noutro tanto desenhado, Expressa o que deveras busco e penso.
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Anshar; deus do horizonte em pleno céu Trazendo noutro tom este universo E o quanto a cada instante me disperso Ousando neste imenso carrossel, A vida traduzindo em fogaréu O canto aonde possa e além já verso Marcando o que se trouxe ora submerso Dos sonhos e desejos, sou o réu. Esposo de Kishar, que do horizonte Terrestre dominava e o completava Assim o quanto a vida em força lava O mundo noutro ponto já desponte E desta consonância se acredite Neste universo imenso, sem limite.
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Ereshkigal a deusa que em justiça Traçava então destino céu/inferno E quando se mostrasse noutro eterno Caminho a vida mostra movediça E vence o que pudera e se cobiça Num ato tantas vezes duro ou terno, Mesclando o quanto vejo e assim me interno Bebendo em avidez sorte mortiça, Reinando sobre as trevas e demônios E nisto são atrozes patrimônios Legados desta deusa, mesmo mor, E o tempo se anuncia em luz diversa Às vezes mais sombria e até perversa Por vezes outro rumo bem melhor.
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Husbishag detendo em seu poder O instante, o modo e o rumo de uma morte E quando tantas vezes nos conforte Em outros passos dita o desprazer, E nesta tão diversa realidade A esposa de Namtar trazendo assim Agenda que desenha o fim de cada Alma que noutro tempo desenhada Traduz o quanto possa haver em mim, Mortalha noutro instante se desenha E o tempo se anuncia em dor e medo, Do quanto se traduz onde concedo, E nisto o caminhar traduz e venha Gerando a discordância em tom atroz, Negando o quanto possa vivo em nós.
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Isinu que era de Enki o mensageiro Tramando noutro passo o que viria, Marcando em esplendor o dia a dia, E nisto outro momento, o derradeiro, Ajudando a prender Apsu no sono Eterno traz no olhar a dimensão Severa desta luta em união, E neste caminhar, raro abandono, Em dupla face trama a discordância Olhando para além e para cá, O mundo neste ponto moldará O todo com temível discrepância Assim em Isinu dicotomia Do quanto vira e mesmo até veria.
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Ninki; deusa das águas frescas dita A sorte de outros deuses quando traz Ao mundo o filho em fúria mais audaz E nisto se transforma outrora aflita Marduk herdando assim todo o reinado, Do templo onde pudera vislumbrar Diverso e soberano caminhar Vagando sem sentido em longo prado, E quando se anuncia esta vitória O tempo noutro encanto se percebe E tendo a plenitude desta sebe A vida não seria merencória, E o quanto se aproxima de tal rumo Expressa o que ora em verso aqui resumo.
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Nammu a deusa mãe, da terra e céus Das águas, de outros deuses; principal Tramando em tom convicto original Gerando dos seus sonhos tantos véus, Os dias entre dias, fogaréus Os olhos noutro rumo, a maioral E dita com seu ar o bem total Soberana divina além dos léus, E o passo se anuncia desde quando A vida noutro encanto se moldando Mergulha no que possa nos trazer Além do quanto vive em tal cenário O mundo anunciado, solidário Expressa todo o raro e bom querer.
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Tiamat queria além trazer Kingu E dar todo o poder ao deus, porém O mundo mais diverso quando vem Trazendo em seu caminho Nibiru, Assim a morte cerceando o passo Daquele que pudera muito e nada Demonstra a solidão por onde evada O quanto mais desejo e já não faço, Tabletas do destino em armadura, Presente que lhe dera Tiamat, No fim de nada mesmo o que virá A sorte de tal forma se afigura E sendo a vida assim tão traiçoeira O quanto vês nas mãos, decerto esgueira.
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Kiskil-lilla, um demônio feminino A bela e sensual deusa venal Condena-se ao inferno em desigual Caminho tanta vez em desatino, O passo se anuncia e vendo o fim De quem fora de Inanna feito serva O tempo na verdade não reserva O quanto se deseja mesmo assim, O tétrico fantoche neste caos Marcada eternamente, a rapineira Felinos companheiros, já se inteira Dos dias mais cruéis, e sei tão maus, A luta não termina e gera apenas Os ermos desta sorte em duras cenas.
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Namtar dita o destino e rege o passo Aonde com certeza se entranhara A vida noutro rumo em vã seara Num ato tão atroz, audaz e escasso E quando a sensação além eu traço Vencendo o que pudera em noite clara, A luta se fizera mais amara, E agora se moldando noutro espaço, Resumos de momentos onde ardis Transcendem ao que tanto ora se quis Vestindo esta sobeja maravilha E o passo noutro encanto se desnuda, A sorte tantas vezes tão miúda Gigante fantasia agora trilha.
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Nergal, o deus da guerra traz na morte Sinais que não se deixam mais errar, O quanto poderia navegar Negando a cada instante este suporte, Esposa Ereshkigal, deusa do inferno E traz em tom venal o dia a dia, E quando noutro rumo se veria O todo se anuncia em tom eterno Marcando com a fúria quem se fez Além do que pudera ou mesmo quis O tempo se desenha e por um triz O rumo gera toda a insensatez, Etérea sensação de algum alento, No fundo tão somente, sofrimento.
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Nanibgal nos traduz fertilidade E trama noutro rumo o que se espera Apascentando na alma a rude fera E nisto cada passo tanto agrade, Viceja na sobeja claridade, E tenta com certeza em primavera A luta aonde o encanto sempre gera A sorte em mais divina lealdade, De vasta cabeleira, como um rio, Também reinando sobre aprendizagem E desta fantasia uma paisagem Vibrante como um raro desafio, E bebo em goles fartos o saber Que tanto pude nela conceber.
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Nusku o deus sumério traz na luz O seu poder intenso e mesmo além Da plenitude imensa que contém Enquanto a cada instante mais conduz, Gibil, o deus do fogo era seu filho E transitando em toda a plenitude Ainda quanto tente ou mais se ilude Ao percebê-lo enfim me maravilho, E vendo em privilégio este cenário Audaciosamente na captura De Ninlil por Enlil, e em tal loucura O sonho feito em rumo temerário E tendo como irmão, Shamash e Inanna A divindade em luz, tão soberana.
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Tiamat que dera origem às sereias Escorpiões em forma quase humana A sorte mais audaz e mais profana Aonde sem limites devaneias, E sinto a cada instante o que pudera Na entrega destas Tábuas do destino Ao filho, o deus Kingu, porém sem tino O mundo se desenha noutra esfera, Ao cortá-la no meio, Marduk traça Separação da Terra deste Céu Da fêmea para o macho, mais cruel A vida se desenha em sorte escassa E Marduk vencedor tomando em mãos, Destino do infinito aos tantos chãos.
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Utukku são diversas divindades Algumas benfazejas e outras más A vida de tal sorte já se faz E neste caminhar insanidades, Porquanto em tais momentos mesmo brades Ou tenta outro caminho mais audaz, Aonde toda a sorte é tão mordaz E nisto se desdenham liberdades, As lutas traçam ermos caminhares E vejo os meus delírios e se notares Verás a mesma imagem noutro rumo, Mergulho no vazio e me procuro, Sabendo quanto é claro ou mesmo escuro O tempo aonde em templos eu resumo.
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Gilgamesh ao reinar por muito tempo Há quase cinco mil anos atrás Um filho do demônio? Um ser audaz Numa epopéia traz o contratempo Vencido a cada instante, em braço forte, Ao se saber deveras um mortal Procura desvairando um principal Caminho aonde o mundo trama a sorte E tendo conhecido Utnapishtim, Que do dilúvio imenso sobrevive, Trazendo este segredo aonde crive Esta imortalidade e sendo assim, Ao encontrá-la surge uma serpente Roubando-a num momento imprevidente.
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Dumuzi, apaixonado por Inanna Tentando seduzi-la mal percebe Inútil caminhar em leda sebe Se tem a natureza rude e humana, A deusa por consolo já permite Que após a morte volte noutro instante Com a forma constante se adiante Vergel sendo deveras seu limite, E a cada novo tempo some e volta Assim eternamente morto e vivo, Traçando neste mero lenitivo A vida sem proveito e sem escolta, Dumuzi sendo assim tão temporário, Desenha o sempre igual itinerário.
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Enkidu, o guerreiro preferido De Gilgamesh amigo e aliado E neste seu caminho lado a lado O tempo noutro encanto resumido, Numa epopéia traça este sentido E quando mergulhando além eu brado Vislumbro este cenário imaginado E o quanto se aproxima em paz lapido, Ao ser criado em pleno barro e argila Os deuses o queriam noutro rumo, Porém quando a verdade dita o sumo, Do tempo aonde o canto se perfila Invés de Gilgamesh maltratar, Alia-se num bravo caminhar.
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Humbaba em leonina face expõe A fúria de quem tanto quis a sorte Regesse a cada instante sobre a morte Na insânia aonde o corte já compõe; Porém quando decerto teve em gládio Um adversário audaz em plenitude, Humbaba em Gilgamesh desilude E a morte sem defesas vem e invade-o. Assim se anunciando o fim da fera Que dentre tantas feras foi além, Agora o que deveras resta e tem Numa epopéia traça esta quimera, E a luta desenhando em seu final, O término de um ser tão magistral.
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Gugalana, traduz a constelar Beleza que inda reina sobre os céus Enquanto a noite desce belos véus E traz também beleza do luar,
Ao se mostrar além este tesouro, Gugalana se vendo no horizonte Aonde o meu olhar querendo aponte Constelação sublime, esta de Touro,
Ao ser noutro momento desmembrado Por Gilgamesh também por Enkidu Inanna se aproxima e vendo a nu O quanto se desenha o desgraçado
Levando-o para espaço sideral Na constelar beleza deste astral.
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