
MITOLOGIA CHINESA
Data 25/01/2011 16:52:07 | Tópico: Poemas -> Religião
| MITOLOGIA CHINESA MITOLOGIA CHINESA
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Shangdi , o deus supremo, deus celeste Da dinastia Han, no Paraíso Vivendo e comandando em tom preciso O quanto noutro ponto nos reveste, O Imperador do Céu, o soberano Altíssimo Senhor, eternamente Reinando sobre tudo, se apresente A todo instante sem ter mais engano, Shangdi domina todo este universo E vendo em tal poder, a magistral Certeza de um anseio sem igual, Reverencio a cada novo verso, E pronuncio o nome em mandarim Daquele que domina início e fim.
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Tian, ao traduzir o Cosmos traz Imagem criadora Céu sublime E quando num instante nos domine Com toda a sensação suprema e audaz, E na filosofia, esta união Compara-se em mistura com Shangdi E neste desenhar o deus que vi, Mostra sem senão, religião, Dos três reinos, Shangdi, Tian e enfim A própria humanidade; que é o central, O mundo configura-se em total Cenário onde o passo leva assim, Ao auge da perfeita sincronia O tempo noutro espaço se veria.
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Nu Kua esta divina criadora De toda humanidade, deusa traz No passo mais sublime e mais audaz, Imagem que pudesse redentora, Associada às águas que paradas Permitem o viver de anfíbios, peixes E quando em tal cenário tu te deixes Levar; imagens belas desenhadas, Metade humana, outra metade cobra A deusa a cada tempo se anuncia, E tanto quanto possa em harmonia Gerando o que deveras se desdobra, Criando o ser humano, a deusa traça Criatura que audaz, voraz, devassa...
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No início só havia este vazio O Céu e a Terra estando aprisionados Pan Ku rompendo a cela traz sonhados Anseios de quem sabe o desafio, Criando este universo e com machado Separa o Yin pesado, feito terra Do Yang que assim se eleva e já descerra O Céu em raros tons iluminado, Depois ao descansar, os elementos Nascendo de seu corpo, os mais diversos Aspectos que regendo os universos Trazendo de animais aos próprios ventos, E assim do deus em vário formatar Origem una e plena a harmonizar.
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O primeiro desta Tríade de Augustos A quem se deve a escrita, a pescaria E a caça foi Fu Xi, dali viria O mundo em seus anseios, mesmo injustos A vida traz deveras tantos custos E o quanto a cada passo se veria Transcende ao quanto possa em harmonia, Cerzindo caminhares bem mais jutos. Ao ver em Fu Xi a imagem tão sublime De um deus com tanta força e luz, Aonde se garante e reproduz Além do próprio ser, o que se estime Cultura e tradição, sonho e pensar, Que a escrita nos permite eternizar.
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Shennong, um patriarca, Augusto ser, Quando há cinco mil anos seu império Trazendo sobre a vida além mistério O quanto poderia mesmo crer, E o tanto que se tente descrever Marcando o quanto trama em seu critério, A vida se anuncia e deste etéreo Caminho outro cenário posso ver. Precede a dinastia Xia e traz Na face esta ventura que pudesse Vencer com mais denodo e rara messe O passo que se fora mais audaz, Destarte deste mito, deus, senhor, Imagem de um potente imperador.
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Huang Di, o Imperador sábio e perfeito Reina após os Augustos e traz nas mãos A força da saúde e destes grãos Traduz o que pudera ser um pleito, Enquanto da justiça sem igual, No Império dominado pela paz, O reino se desenha enquanto faz Desta soberania um ritual, Marcado em tais caminhos com firmeza, Da medicina sendo protetor, O deus, mito, no fundo imperador, Traçando a vida em nobre fortaleza, O quanto do poder penso e revelo Nas mãos do Imperador, dito Amarelo.
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Shaohao, Imperador das brônzeas eras, O filho de uma deusa tecelã Huange a bela fada que em manhã Sublime em clarões e primaveras Apaixonada fica pela estrela Que surge matutina em pleno céu. E quando encontra-a após levanta o véu E o sonho permitindo percebê-la Já grávida e Shaohao surgira assim, E enquanto Imperador criara além O reino aonde os pássaros se viam Que a ele neste instante já serviam, E mesmo como abutre segue e vem, Com seu filho Ru Shou, no arrebol Regendo dia a dia o pôr-do-sol.
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Zhuanxu, monarca que deveras Criando o calendário; a astrologia, E da religião sempre teria Papel transcendental em priscas eras. Conduz o clã Shi para o leste e leva Em sua migração e quando vendo Os Dongyi, ao fazer em novo adendo Misturas entre clãs, a sorte ceva Aumenta o seu poder e um patriarca Mudando o velho tom matriarcal E nisto se apresenta sem igual, Enquanto para a história enfim se embarca, O neto de Huang Di se faz eterno, E desta forma traça um mundo terno.
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Yao este imperador benevolente Unindo-se a Shun e Yu em harmonia Traçando o quanto existe e assim viria Trazer a sincronia que se sente, Gerando o patriarcado num feudal Modelo que domina grande parte Da história deste povo e sem aparte Expressa o mais diverso ritual, Filho de Ku, o herdeiro deste império, Gestando em paz suprema o seu reinado, Deixando para Shun o seu reinado, Mantendo neste ponto o seu critério, Usando da moral em raros trilhos, E Shun, o genro segue então seus trilhos.
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Dilúvio que tomara o mundo inteiro Traçando uma desgraça à própria China E quando o passo além já determina, O quanto poderia e num ligeiro Caminho se traduz desfiladeiro E a sorte nada além teima e domina A vida que pudera cristalina Transforma num instante derradeiro, Da Yu o soberano com a ajuda Da deusa Nu Kua cria canais E escoa as águas tantas e isto muda Cenário de total desolação E assim entre diversos temporais, Encontra a mais perfeita solução.
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O Imperador de Jade que é o Senhor Dos Céus e dos domínios sobre a Terra E neste Seu poder ora se encerra O quanto do universo em riso e dor,
Durante a juventude, em harmonia Levava a vida em paz, respeito e luz, E neste caminhar o que produz Deveras noutro ponto se veria,
Cultivando o Tao alcança então Esta imortalidade desejada, E o quanto se mostrando mais dourada Em nova e bela e rara dimensão,
E quando dominara enfim o mal, O deus se mostraria sem igual.
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No Taoísmo tendo a majestade Dos Três Puros Senhores, os supremos Quem tramam com certeza em tais extremos O quanto poderia em divindade E deste caminhar em força e glória Se faz esta expressão em luz sobeja E assim a cada passo o que deseja Moldando com firmeza a nossa história, Diversa em magnitude vejo então A tríade superna que nos guia E o tempo neste encanto, em harmonia Traduz o que se quer em direção Na rota do universo, o ser humano, Expressa da ventura ao triste dano.
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Beiji Dadi, o Imperador que das estrelas Domina este infinito céu imenso E quando muitas vezes me compenso Somente por poder deveras vê-las Presumo a constelar supremacia De quem se fez além o deus e o Rei E quantas vezes mesmo ali vaguei Enquanto uma alma segue e fantasia, Ouvindo das estrelas o chamado, No pulsar sem descanso, um raro brilho E quando neste espaço em paz eu trilho, Destino em Beiji Dadi; assim invado E sinto a maravilha de sentir A eternidade ali se resumir.
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Tianhuang Dadi, o deus que governando Os deuses se mostrando poderoso E traz em cada passo este antegozo De um mundo às vezes rude, outras mais brando. E quando se anuncia outro momento Imerso neste sonho sigo em frente E quanto deste encanta se apresente Marcando o que pudera num alento, Vestindo a glória imensa de poder Vivendo a cada instante o quanto trace Mostrando sem temor a velha face, E nisto o meu caminho perceber E tendo como guia a divindade Que dentre tantas trama a liberdade.
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A deusa Xi Wangmu domina a sorte E traz na vida eterna o prêmio raro E neste caminhar busco e declaro O quanto mais pudera e me conforte, A vida se desenha neste norte E bebo o que teimasse e me preparo Ousando num instante bem mais claro Tentando sonegar a própria morte. No panteão Taoísta; vejo-a agora Em tal benignidade e em Seu poder, O quanto poderia a acontecer No todo que deveras nos ancora E quando se renega o amanhecer O fim se anunciado, me apavora.
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Pak Tai, um deus taoísta associado Aos pontos cardeais, regendo o norte E quantas vezes traz em raro aporte O todo que deveras tento e brado, O deus das águas e também dos ventos Imperador da dinastia Han A vida se desenha neste afã Trazendo no final os elementos, O quanto se aproxima deste fato, Apenas o que possa com certeza Gerar dentro de nós rara firmeza Aonde o dia a dia enfim constato Usando este quelônio como totem Seus passos com firmeza já se notem.
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Xuan Nu que nestas guerras ajudara Huangdi a subjugar Chi You, depois De nove desencontros entre os dois Até que Huangdi noutra seara; No Monte Tai deveras protegido E quando enfim vislumbra do seu lado Mulher em divindade, um ser alado E nisto o caminhar toma sentido, Destarte este guerreiro imperador Vencendo esta batalha, que afinal Trouxera a paz querida e magistral Tornando este caminho em tal pendor, Assim no Imperador a deusa trama A vida mais suave em branda chama.
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Vendo os Oito Imortais que no taoísmo Representam cada qual a ferramenta Que possa destruir o que fomenta A dor e gera após imenso abismo, Surgindo em dinastias mais diversas Vivendo na montanha os elementos Que trazem no poder de tantos ventos Cultura enquanto em brilhos sempre versas Destarte venerados desde então Por terem nos seus olhos divindade, E nisto se trazendo a claridade Da culta e mais serena dimensão, Da montanha Penglai ao universo, O encanto se desenha ora disperso.
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Kuan Yin, esta budista divindade Associada à plena compaixão, Na forma feminina se verão A paz e a mais superna claridade, E traz no seu olhar misericórdia Também os taoístas a imortal Trazendo a paz em raro ritual Tramando desde sempre esta concórdia E quando se permite em tanta luz A deusa se anuncia em paz e glória Regendo com firmeza a nossa história O tempo noutro tanto se produz, Expressa a suavidade feita em vida, E molda a luta em paz que assim lapida.
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Shichi Fukujin são divindades Que ditam boa sorte e tal fortuna No Xintoísmo vejo e configura Assim as mais sutis felicidades, São sete deuses; trago dentro em mim Vontade que se mostra pertinente E quando este caminho se pressente Trazendo o que se visse em belo fim, Destarte prosseguindo pela vida A sorte desejada se desenha E nisto quando muito sei da ordenha Marcando o que decerto em paz lapida Dos entes desenhados a esperança Aos poucos com firmeza assim se alcança.
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Benzaiten, a deusa benfazeja Amável protetora das artistas E traz tanta beleza quando avistas O quanto mais além sempre deseja, Associada às águas do lago, rio e mar Cavalgando um dragão, um ser marinho Traçando a cada instante onde me alinho Sem medo do possa dominar, Ajuda nos momentos mais atrozes A deusa se mostrando em plenitude Beleza sem igual, aonde eu pude Seguir em bons caminhos, claras vozes, Reinando sobre as artes divindade Que a todo desejar em paz invade.
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Bishamon; guardião do budismo Em trajes de guerreiro porta a lança E quando em tempestades segue e avança Supera com firmeza algum abismo, Ao espalhar conhecimento muda A sorte desenhada em medo e pranto, E o verso que deveras adianto Tramando o quanto ensina o próprio Buda Protege contra o mal e seus demônios E contra estas doenças mais ferozes Deixando para além os vis algozes Que gerem tão somente pandemônios. Regendo sobre os bens materiais Expulsa os salteadores, marginais.
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Daikoku ao trazer prosperidade Um deus em alegria desenhado, Obeso e na verdade tendo ao lado O quanto se traduz felicidade, Riquezas entre tantas que me invade No culto e num amor, regendo em campos Trazendo sobre os sonhos pirilampos Domina em tom gentil cada cidade, Garantindo o sucesso desde quando Ao ser tão adorado e respeitado Expressa o que desenha abençoado Caminho noutro canto se regando Gestando a maravilha da fartura E neste desenhar, sorte assegura.
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Ebisu divindade onde se vê Sinceridade plena e honestidade, Regendo sobre a imensa claridade E nela esta verdade tem por que, E quando em tal deidade já se crê O mundo se presume em liberdade, E quanto mais firmeza quando brade A vida se anuncia e tem seu quê Ensinando a pescar, não dando o peixe Expressa o que se mostra e não se deixe O tempo sem sentido e sem proveito, E assim estimulando o libertário Caminho se mostrando num cenário Aonde mais tranquilo enfim me deito...
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Fukurokuju deus sábio, um eremita Que da longevidade dita o rumo, Ainda quando eu possa e assim resumo A vida se transforma enquanto dita A luta sem proveito, e mais bendita Traçando a cada instante o supra-sumo E vendo o quanto possa e mesmo assumo No passo aonde a vida delimita. Transmite inteligência e longa vida E sendo de tal forma cultuado O tempo no seu templo desenhado Permite o que esperança hoje lapida, E o deus que é feito em tal felicidade Expressa a mais sobeja divindade.
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Hotei nesta magnânima atitude Da generosidade o seu caminho Expressa o quanto quis e assim me alinho Deixando para trás o quanto ilude, Ainda que o cenário se transmude Ou mesmo se tornando mais daninho Dos sonhos mais felizes me avizinho Legando ao nada ser o quanto é rude. E sempre rindo vejo quem se dera Além da mais sublime temperança E nisto cada passo a vida alcança Marcando com beleza a primavera Desta alma eternamente juvenil, O quanto se desenha e em paz se viu.
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Jurojin que traduz sabedoria O deus com longa barba e o pergaminho Mostrando o quanto possa e me avizinho Do passo mais suave que veria, O deus que dominara ecologia Tramando algum destino aonde alinho Meu rumo no que possa em raro vinho Longeva sorte dita o que queria, A morte que trazendo evolução Expressa noutro rumo em dimensão Superna a que se vira aqui na vida, E assim já se prepara em nova senda O quanto deste sonho se desvenda E o luz se evoluindo dita a lida.
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Dizang, o deus que tanto nos protege Da morte que decerto inda virá, Mas tendo quem ajude desde já O tempo noutro tempo a sorte rege, E mesmo quando o fim se faz herege A sorte neste passo nos trará O quanto poderia e poderá Trazer em raro alento o quando elege. Sabendo deste fato em dor e medo, Aos sonhos de Dizang eu me concedo Vivendo cada instante com firmeza, Embora no final sem ter saída, Valeu o que levei da minha vida, E desta elevação a fortaleza.
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Yanluo domina o ledo inferno E traz em cada olhar a dor atroz, E neste caminhar o quanto após Do tempo de viver enfim me interno, E bebo deste insano Yama quando O mundo se anuncia em triste passo, O todo que tentara e já não traço Demonstra este cenário desabando, O rústico caminho pedregoso Deixando para trás uma esperança E quanto mais além a sorte avança Cenário em tal destino caprichoso, Raiando em desatino cada instante Apenas o vazio se garante...
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Erlang Shen com terceiro olho na testa Desvenda a cada instante uma verdade E quando se anuncia a tempestade A fúria sem igual ali se atesta, Subjugando os demônios, já se empresta Beligerante força em divindade E traz nesta sutil benignidade O tanto quanto possa e a sorte gesta. Empunhando uma espada de três pontas E nela tantas vezes vejo prontas As armas mais audazes e ferinas, Marcando em luta traz a calmaria E nisto todo o encanto permitia Vencendo as dores quando te alucinas.
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Lei Gong ao dominar raios, trovões Mostrando a força intensa em tempestades Rompendo este mortal, diversas grades Marcando as mais diversas dimensões. Um dia ao encontrar um pessegueiro Celeste, se viria ao degustar Um fruto percebeu-se num alar Qual fosse dos caminhos, mensageiro Trazendo em suas mãos este martelo E dele quantas vezes, pois quisesse Traria com certeza a rara messe Enquanto neste verso já revelo O poder de gerar trovões e traz Nesta expressão do quanto se é capaz.
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Nezha, filho de Li Jing; general Da dinastia Tang, chefiando O exército celeste em raro bando Lutando eternamente contra o mal, Tendo uma aparência de um infante E sendo caprichoso como tal, Flutua muito além em pleno astral, Em rodas flamejantes se garante Trazendo neste cósmico cenário O anel que o permitira em novos trilhos Matar do Rei Dragão temíveis filhos, Gerando outro caminho, itinerário. Podendo ter cabeças, membros vários Seus passos são deveras temerários...
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Guan Yu, das irmandades deus que pleno Em artes marciais domina o todo, E nisto sem saber de algum engodo Tramando cada instante onde me aceno E bebo cada gole em tal ventura Guerreiro em divindade sem igual, O tempo noutro passo em ritual Expressa o que deveras assegura A paz e mesmo assim em luta expressa O quanto poderia além e dita A sorte tantas vezes mais bendita E neste caminhar já recomeça O mundo se acenando mais tranquilo No sonho aonde guerra e paz perfilo.
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Zhao Gongming dominando esta fortuna Montado sobre um tigre determina O quanto poderia em rara sina O mundo quando o todo em paz já se una, E expressa o quanto possa e mesmo puna A quem noutro momento se destina Ao luto mais atroz e predomina Criando este vazio em leda escuna. A vida se perdendo em sorte inversa E quando para o todo o passo versa Gerando noutro fato a luz sublime Ao ver a divindade que traduz O quanto poderia enquanto eu pus O todo que deveras nos redime.
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Kui Xing que determina assim exames Colaborando com Wen Chang, transcende À feia criatura e assim desprende A vida com sublimes bons ditames, O sábio deus se mostra enquanto clames E na literatura que compreende Expressa o quanto a vida se depende Do rumo em consonância que reclames, Deus acondroplásico o patrono Dos que prestam exames neste Império E tendo o seu saber como critério Do quanto poderia se me adono Encontro o que procuro em liberdade E além bem mais distante o encanto brade.
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Sun Wukong, Rei Macaco nesta luta Buscando os sutras quando se reveste Da força inusitada em tom celeste E mostra esta faceta mais astuta. Nos saltos em distâncias não reluta E gera o que pudesse e sempre ateste Vencendo qualquer solo mesmo agreste Se necessário até com força bruta. Em multiforme face se desenha E tendo este poder quando convenha Somente expondo ainda a cauda, quando Lutando e comandando ventos, águas E sei que neste encanto se deságuas A face mais audaz se desenhando.
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Daoji na dinastia sung, um monge Que tendo a vida reta e plena em paz Atinge o que deveras tanto traz Quem vendo bem além, decerto longe Gerando a sorte imensa do saber, Destarte num momento sem igual, Ganhando o dom de ser ora imortal A nova divindade se faz ver Trazendo em suas mãos toda a ternura Sabedoria imensa e paz sublime, Assim quando o caminho além se estime A sorte mais feliz já se assegura Do quanto poderia e muito mais, Agora flutuando em siderais...
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Mazu deusa do mar, dos oceanos A deusa que ancestral regera a Terra Reinando em Paraíso assim se encerra A vida em seus momentos, mesmo enganos E quando se anunciam novos planos O tanto do passado não se enterra E gera o que virá em paz e guerra Momentos com certeza soberanos. Guiando os pescadores neste mar, Tramando o quanto possa navegar Resume em esperança a rede quando Jogando sobre as águas o que venha Decerto obedecendo ao que provenha E neste desenhar outro traçando...
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Zao Jun participando das deidades Que regem toda casa em cada ofício Reinando na cozinha, desde o início Tramando as mais diversas qualidades E quando se anuncia o principal Levando anualmente ao deus de Jade O quanto mesmo agrade ou desagrade Gerindo a cada passo o ritual, E nisto configura o seu poder Qual fosse um governante dos irmãos E neste delirar os ermos vãos No fundo se deixando conhecer, Acena com vigor e com mão forte Trazendo em cada lar, o firme norte.
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Tu Di Gong deus da terra em Taoísmo Garantindo a colheita em tal sucesso E quando noutro passo recomeço Supero em tal ajuda algum abismo, Trazendo em Suas mãos, o quanto cismo E nisto o que pudesse com progresso Vivendo o quanto quero e assim confesso Ultrapassando a dor e o cataclismo, Embora poderoso, na verdade O deus Tu Di Gong nunca se fez Em popular faceta, e quando vês Reinando com total tranqüilidade A cada novo passo se constata Ser quase com certeza um burocrata.
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Shing Wong ao proteger quem comercia Permite o suprimento e traz a sorte Ditando em força plena o que suporte Marcando o dia em paz ou harmonia, A luta que deveras se veria E nisto cada passo busca o norte, Até que no final, a leda morte Decerto eu sei jamais se negocia. E tendo com certeza o passo além Enquanto esta verdade inda não vem, A fonte que provém em alimento E no fomento que presume A vida em sensação de raro ardume Traduz o quanto quero ou incremento.
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Zhong Kui tão poderoso, mas tão feio Quando foi aprovado nos exames E teve seu destino em vãos ditames Do imperador em tal receio, Assim decepcionado se matou E quando renasceu se fez atroz, Reinando sobre o inferno, e desta voz Apenas o terror já desenhou, Vestindo eternamente o mal e traça O quanto em tal temor disseminara E dominando assim torpe seara Agora predador, outrora caça, Expressa na vingança o tom venal E nisto se anuncia sem igual.
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Long Mu, Mãe dos dragões, que em certo dia Ao encontrar um ovo permitira Que cinco serpes que ali vira Crescessem com sobeja maestria,
Em troca ao ajudar na pescaria Mantendo da esperança a rara pira O quanto deste encanto se retira Nas águas em sobeja serventia,
Porém logo se visse invés de cobras Que eram dragões e tanto poderosos Regendo sobre o clima em caprichosos
Momentos onde tudo que recobras Trazendo a chuva; em pleno e duro estio, E nisto ascende além do desafio.
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Hung Shin um governante sábio traça Desde a geografia à astronomia Moldando da maneira que queria A vida que se fez atroz e escassa, Enquanto a realidade que ultrapassa O tempo mais atroz em ousadia, O quanto deste reino poderia Vencer o que deveras se esfumaça Melhorando com tais sábias conclusões Os dias entre várias direções E; sobretudo, a pesca de tal forma Que a vida noutro ponto já se informa E gera a divindade mesmo morta, Aonde uma esperança além aporta.
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Tam Kung um deus do mar traz o poder Da cura de crianças, rege o tempo Vencendo o que viera em contratempo Marcando o dia a dia com prazer,
Assim se desenhando o que se quer Nos ermos do passado em galhardia O deus que na verdade nos traria O bem que tanto dita o que vier,
Verbalizando a sorte de sentir O quanto poderia e mesmo posso, O mundo de tal forma sem destroço Garante a plenitude do porvir,
Assim em tal sublime divindade Percebo esta vital benignidade.
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Wong Tai Sin, no poder de ser Taoísta Expressa o seu caminho desde quando O mundo em suas mãos se transformando Qual fora na verdade algum artista
E o tempo de tal forma não resista E nisto se anuncia um canto brando Marcante caminhar anunciando O quanto se queria e já se assista,
Dos sonhos que pudesse quais centelhas Transforma ledas pedras em ovelhas E assim se garantindo o suprimento,
Aplaca deste jeito a fome tanta, E nisto o que se deseja e se garanta O sonho enquanto enfim eu me alimento.
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A deusa que regendo o esquecimento Daqueles que virão já reencarnados E nisto se esquecendo dos passados E assim novo caminho novo fomento,
Men Po servindo em chá tal alimento Em ritos que se viram demarcados Momentos tantas vezes desenhados Jogado para além em pleno vento,
E quando se renova a vida assim, O tanto que existira dentro em mim Agora não se traz sequer sentido,
E o tempo que virá não resgatando O quanto se mostrara desde quando O passo noutro rumo, pressentido.
49
Zhu Rong, um deus do fogo se permite Vencer tantas batalhas e traduz Além da imensidade feita em luz Bem mais do que o caminho ora limite, E assim a cada passo necessite O tempo aonde o todo me conduz E gere mesmo sendo em contraluz O quanto no final desacredite, Tramando outro momento a vida dita A sorte que se vendo mais aflita Expressa este vazio dentro da alma, E o quanto se anuncia noutro passo, Gestando algum tormento onde devasso Nem mesmo a fantasia ora se acalma.
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Gong Gong, o deus das águas que perdendo Batalha contra o deus do fogo trama, Além do que se vira em mera chama Deixando no caminho este remendo, E assim já sem controle se atirando Contra o Monte Buzhou, do Céu pilar E o quanto conseguir avariar Gerando o que pudera desde quando O mundo se trazendo noutra face, Tramando em tal desnível a verdade, E nisto se percebe a insanidade E o tempo noutro rumo se tomando, Assim o que já visse não se expressa Enquanto a vida além segue sem pressa...
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Chi You a divindade feita em guerra Criando tantas armas de metal Num ato tão atroz quanto mortal A sorte a cada passo além encerra, E tendo em Huangdi o adversário Que tanto se mostrara em força e fúria A verdade traduz a leda incúria E mostra o dia a dia temerário, Errático caminho se transforma E gera noutro passo a discordância A vida se tentara em discrepância E neste caminhar, ausente norma A morte dissemina e toma tudo, Enquanto noutra face não me iludo.
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Da Yu regendo os cursos deste rio Controlando as enchentes e trazendo Um dia mais tranquilo aonde o vendo Expresso o que pudesse em desafio, Durante a sua vida hoje eu desfio O quanto se tentara num adendo, Aos poucos solução em paz contendo Marcando o dia a dia antes sombrio, E assim quando morreu numa caçada A sorte noutro passo anunciada E dita além da Terra e mesmo o Céu, Ergueram como marco neste instante O templo mais sublime e doravante Guardado num imenso mausoléu.
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Kua Fu o gigantesco ser Que perseguindo o sol nada pudera E exposto à luta amarga dura e fera Aos poucos se presume sem poder E nada que tentara possa ter Somente a sensação que destempera E o mundo noutro rumo degenera, E volta a cada dia o amanhecer, Assim neste caminho sem proveito O quanto deste infausto já deleito Enquanto vejo além no céu, Farol se desenhando em claridade, E bebo desta imensa intensidade Por sobre as brumas traça o imenso véu.
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Cangjie deus sublime e sábio traça Caracteres chineses que persistem E quando seus olhares isso assistem Marcando o que se tenta a cada praça Dos olhos, que são quatro se vislumbra Destas oito pupilas o sentido E nele outro caminho presumido Sabedoria tal que ora deslumbra Já se faz tantos anos, oito mil Desde que este instante o mundo viu Trazendo a eternidade nas palavras E deste caminhar se anunciando O tempo noutro tempo se mudando Moldando com beleza raras lavras.
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Quando Yi se demonstrara um raro arqueiro Ao derrubar deveras nove sóis E neste desenhar outros faróis Moldaram o cenário verdadeiro, E sendo deste rumo o mensageiro Enquanto na verdade o que constróis Expressa outro caminho em girassóis Ousando muito além de tal canteiro, E assim diminuindo o duro estio Que a força do calor gerara então, Matando o quanto fora plantação, Porém ao se entregar ao desafio, O arqueiro aplaca a fúria e assim permite Um dia mais sereno, em bom limite.
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Chang'e a deusa lua em noite imensa Casada com o arqueiro Yi majestosa Traçando em noite clara maviosa O quanto desta sorte nos compensa, Vagando pelos céus em prata extensa Gerando a cada passo a caprichosa Beleza seduzindo em verso e prosa Aquele que no amor deveras pensa, A luta se moldando a cada fase No variável tom de uma mulher Que tanto se deseja e quando a quer O passo noutro rumo se defase Marcando em tom diverso o dia a dia Apenas outra face se veria...
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Qi Xi a lenda que trouxera a história Deste pastor que um dia enamorado No céu bem mais sublime enamorado Gerando o quanto possa em merencória Essência o que deveras dita a glória E trama outro caminho adivinhado E nisto se ditando o imenso brado, Tentando conceber rara vitória, Ao ver desnuda a fada Zhinu; veio Ao encontro sem temor ou receio E assim ao se entregar em raro amor, Porém a deusa traça a láctea via E deste desejar o afastaria, Porém num anual caminho, redentor.
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Han Ba se traduzindo num estio A deusa que se mostra tão atroz Secando uma esperança até a foz Deixando sem provento qualquer rio E disto se desenha o desvario Negando o que pudesse noutra voz E o medo se moldando dentro em nós Trazendo o que tentara em ar sombrio, Vagando sem sentido e sem destino, Ao ver este cenário me alucino E perco uma esperança que inda trago, O tempo se anuncia em dor e medo E quando alguma luz além concedo, O mundo sem sentido, mero estrago.
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Gao Yao representando enfim justiça Trazendo em suas mãos pleno poder E nisto o que pudesse parecer Além do que deveras se cobiça A vida se desenha movediça E mostra a cada instante outro querer, Mas quando se anuncia o que há de ver A sorte se expressando além da liça E o quanto poderia e nada tendo, Somente da verdade este remendo, Marcando com temor o que se vê E quando na justiça a vida rege, O que se fora atroz, temido herege Perdendo num momento algum por que...
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Fenghuang como fênix já renasce Após a própria morte e traz assim A infinda realidade de onde vim E o tanto quanto creia em nova face, A sorte em privilégio então se trace Gerando o quanto quero e sei que em mim Expressa o reviver deste jardim, Deixando no passado algum impasse Das cinzas do que fora, vejo além A plena consciência do que vem Regenerando a sorte de tal forma Que nada se perdendo se transforma E desce caminhar procuro bem A vida desenhada em nobre norma.
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Com um olho só asa solitária Jian necessitando sempre ter No par o complemento aonde ver A sorte desenhada, mesmo vária E quando se anuncia temerária A luta prenuncia este poder De uma união e nela o bem querer Vencendo a sorte atroz, se solidária, Representando assim cada casal, Na mesma direção no dia a dia E assim outro momento se veria Num único caminho, o mesmo, igual Trazendo a plenitude da união Nos invencíveis dias que virão.
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Jingwei tentando encher este oceano Com seixos e gravetos, sem sucesso, Uma ave que me verdade aqui confesso Ter sido a filha atroz de um soberano Morrendo jovem num afogamento E renascendo em pássaro, mas tendo Em tresloucado passo este remendo Entregue ao mais diverso desalento, Tentando por vingança encher o mar, Com pedras e gravetos, na ilusão De intento sem proveito e nisto em vão, Caminho noutro passo a se tramar, A vida se repete a cada engodo, O mero não supera o imenso, o todo.
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Jiu Tou Niao, o papão que assustador Disseminando o medo entre os infantes Nove cabeças; traz e por instantes Gerando a cada passo este terror, Seqüestrando meninas, num horror Enquanto noutro rumo não garantes Sequer o que deveras tanto espantes Marcando com angústia e dissabor, Assim quando raptando uma criança Restando tão somente uma esperança Da salvação que venha deste herói E sublime caminho em redenção, E o desalento enfim tudo destrói...
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Voando em liberdade esta gigante Ave que sem limites segue além E quantas faces; mesmo sei que tem E nisto outro cenário se adiante E Peng em gigantesca imagem; vejo Traçando neste céu outro caminho Buscando o que pensara ser um ninho Marcado pelos erros do desejo, A sorte traz assim em dimensão Momentos tão enormes, mas de fato Aonde se pudesse e não constato Somente dias turvos se verão, Voando muito além, o pensamento Que a cada novo engano mais fomento.
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Zhu já traduzindo um mau presságio Esta ave tão nefasta eu vejo agora E nela toda a sorte desancora A vida nos cobrando este naufrágio Pudera e enfim teria outro cenário, Mas sei do quanto a vida se faz vã E nega uma esperança de manhã Marcada num momento em paz tão vário Vagando sem destino e sem temor O quanto poderia em rara luz, Mas quando nesta face reproduz O tempo se traduz em tal horror, E Zhu traduz enfim o meu destino, E nele o quanto tramo em desatino.
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Huanglong este dragão em majestade Com tal sabedoria dominando E tendo este cenário desde quando A luta se mostrara em liberdade, E nesta mais audaz imensidade O mundo que pensara ser nefando Agora noutra face se mostrando Presume a mais completa claridade, Traçando o dia a dia em tom sutil, O quanto desejara e assim se viu Servindo como alento ao caçador Dos sonhos entre trevas, desafios E bebo dos meus dias onde sombrios Caminhos despetalam cada flor.
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Yinglong um poderoso ser, dragão Que trama em proteção um passo além E quando em tempestade o mundo vem Tramando o que pudera além do vão Trazendo a cada instante a imensidão Gerando o que deveras já convém Ao esculpir a sorte diz de alguém Marcando com caminho a dimensão, Huangdi o dominava e o ser fiel Expressa o quanto a vida dita em véu Gestando o que viera em plenitude, E neste dia a dia em harmonia O mundo a cada instante se recria E assim em todo passo se transmude.
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Os reis dragões dominam direções Dos ventos, oceanos passo além E quando a solução deveras vem Mostrando os quatro rumos, que ora expões E neles as diversas dimensões Do mundo quando o todo; traça o bem E deixa no passado o que detém Em ritos tão sublimes e emoções, Morando nos palácios de cristal No fundo deste mar regendo ali A vida quando o tanto quis e vi Num ato tantas vezes magistral, Trazendo os quatro pontos cardeais Em dias desenhados nos cristais...
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Fucanglong habitando as profundezas Da terra aonde guarda estes tesouros E traça mais sutis ancoradouros E nisto se imaginam tais riquezas, Potenciando as sortes em correntezas Diversas do que tento em nascedouros Ou mesmo outros caminhos sorvedouros Dos ermos que pudera com destrezas, E quando sai da terra este dragão Gerando uma erupção nalgum vulcão Explode em mais completa tempestade E o todo que se faz em lava e fogo Tramando o desvario e já sem rogo A vida neste ponto assim degrade.
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Shenlong ao controlar chuvas e vento Transforma em tempestas quando irado, dragão que tendo em mãos o raro fado E nisto se desenha outro momento, Assim o que pudesse e agora tento Vencendo o quanto quero e sei me evado Vagando sem sentido em desejado Caminho aonde em paz não mais freqüento, E quando em tais catástrofes eu vejo Este ar tão tenebroso quão sobejo Na fúria que decerto já destrói Não adianta ser querer herói Que o tempo de tal forma se apresenta Gerando na verdade esta tormenta.
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Dilong sendo um terrestre ser; dragão Que dominara a Terra em fogo e fúria, Destarte desenhando além da espúria Esplêndida e diversa dimensão, Assim ao se mostrar enquanto em vão A luta noutra face mesmo incúria Maravilhosa trama; e sem lamúria Os dias entre tantos se verão. Ousando neste passo sempre além Do quanto poderia ou já convém Ditame sem igual, em tempestade, Ao todo que tentara na verdade O tempo se desenha e assim se deu Traçando neste instante um apogeu.
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Tianlong, os dragões celestiais Levando as carruagens e guardando Dos deuses os palácios, desde quando Em ares tão sobejos divinais Expressam o que possam ou bem mais, No tanto quanto tento desenhando O mundo noutra face mesmo em bando E neles expressões diversas, tais. O tempo se anuncia em plenitude E o quanto a cada instante se transmude Marcando dias sórdidos ou felizes, E quando se anunciam na presença Do todo que pudera e assim compensa A vida em suas duras cicatrizes.
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Ba She como serpente gigantesca Alimentando-se até dos elefantes E nisto tais cenários delirantes Traduzem cada face mais dantesca E nisto se apresenta em discordância A luta pela vida tão somente, E vejo o que pudera e mesmo tente Vencer o quanto traça cada estância A sorte se desenha desde quando O mundo noutro passo se traria Marcando com temor o dia a dia E aos poucos no final já desabando, O tempo sem sentido sem proveito Expressa cada passo onde me aceito.
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Qilin como se fosse um ser diverso Um unicórnio em pele feita escama Assim enquanto a vida traça e trama O rumo noutro tom deste universo, E quando na verdade além verso A luta se desenha em rara chama E o quanto deste ser trazendo aclama O mundo para o qual em paz eu verso, Benigna e caridosa criatura Em telepática conversa traz O quanto se desenha mais audaz E nisto esta beleza se assegura Num ato que em constância se faria Moldando tão somente esta harmonia,
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Kui como se fosse criatura Diversa, um boi que numa pata só Se apóia e gera o passo e vai sem dó Tramando o que pudera em amargura A monstruosa face se assegura E deixa do passado o mero pó E destruindo a vida imensa mó Enquanto noutro passo se depura, Desvio cada instante deste ser O passo que pudesse perceber E nisto outro momento enfim teria, Mas quando se percebe este vazio Apenas neste tom que desafio A vida se transforma em agonia.
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Jiang Shi, vampirescas criaturas, Zumbis que vagam torpes pela vida São almas noutra face construída E nela o vazio que asseguras, Sugar vital essência de quem veja Marcando com a sorte mais atroz, Gerando do passado os velhos pós Enquanto uma expressão tão malfazeja, Assim o quanto possa destruir Sem nada que se veja além do caos, Os olhos destes seres rudes, maus Negando qualquer sorte num porvir, Matando e assim sugando cada ser Trazendo no terror, duro poder.
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Luduan pressentindo uma verdade A fera se anuncia a cada instante E vejo num cenário degradante O todo que deveras sempre evade E nega o que pudera em liberdade E nisto o quanto teima não garante Marcando com temor já doravante O todo que sem rumo turvo brade, O quanto traduzisse enfim o oráculo Gerando na verdade um espetáculo Tentáculos cerzindo este futuro E tomam nos seus dias tal poder Que possam num momento ora antever O todo quando o nada eu asseguro...
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Yaoguai, os espíritos do mal Demônios que torturam e dominam Poderes que deveras determinam Caminho em tempestade, ritual, O tempo se anuncia e desigual Cenário aonde o tanto que destinam Traduzem o que possam, desatinam Num ato mais atroz ledo e venal, Ainda que se dite esta verdade O tempo noutro rumo se degrade E marque em tom cruel a vida após, Diversas sensações em dor e medo Aonde com horror eu me concedo Sabendo a tão terrível turva foz...
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Hulijing quais raposas penetrando Cenários mais diversos, bons e maus Trazendo uma ventura ou mesmo o caos Momentos mais diversos, tom nefando Ou noutro caminhar suave e brando Vagando sem destinos noutros graus Marcando com astúcias tais degraus Ou tanto no final já desabando, Assim se poderiam crer além Do quase que decerto assim contém O mundo sem tardança ou agonia, E o tanto que se trace noutro rumo, Bebendo com vigor inteiro o sumo, E nele outro cenário se veria.
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Quando surge este fera de abissais Trazendo com terror em fúria e morte Devora o que puder e não comporte Senão momentos rudes e fatais, São seres tão atrozes e venais Tramando na mortalha o duro norte, E nada mais pudera que a conforte Somente duros botes, terminais. Assim ao criar pânico na terra O quanto se aproxima e se descerra Marcando com total voracidade, A luta se anuncia e se percebe O medo desenhado nesta sebe E a sorte sem sentido algum se evade...
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Cabeça de Boi; Cara de Cavalo Do Inferno os mensageiros, quando a vida Perdendo a direção enfim se acida E o tempo sem sentido agora calo, A sorte dita o rumo do vassalo E vejo quanta vez já desprovida De uma esperança tramo em despedida O todo que pudesse e nada falo, Assim ao mergulhar no mais profundo Dos rumos sem caminho e sem certeza Bebendo o que pudera na incerteza E em sonhos mais vazios eu me inundo, As tramas mais terríveis vejo quando O mundo neste vago, desabando.
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Pixiu atraindo a boa sorte Descende dos dragões e tem a fome Inconseqüente e louca quando some Em ouro e pura prata, o que conforte, E vendo este caminho onde comporte O tempo que deveras nada dome, E nisto se traduz o que se tome, E trame o que tentara em novo norte, Quando se vendo este momento Aonde o meu alívio ora fomento Bebendo cada gole da esperança A sorte se desenha e vejo o quanto O mundo se anuncia em raro encanto Enquanto o meu cenário além avança.
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Os Rui Shi protegendo alguns lugares: As tumbas, os palácios belos templos Leões que na verdade são exemplos Da lealdade quando assim notares, Apresentam-se em casais, e o macho traz Por sob a sua pata um globo imenso, E quando neste tanto agora eu penso Imaginando o amor real a audaz Trazendo esta visão que nos preserva Das dores e temores onde a queda Aos poucos cada passo sempre veda, Da sorte que deveras já reserva Momentos tão diversos, dor e gozo, Caminho que se faz mais caprichoso.
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Tao Tie qual fosse a gárgula traduz Ganância simplesmente e nada mais, Assim neste momento em temporais A vida não permite qualquer luz E trago em minha sorte a imensa cruz E nela outros tormentos desiguais, Gerando dos meus erros vendavais A sorte se minando em medo e pus, Desenho algum futuro? Nada sei, Somente o que decerto eu desejei E o tempo sonegara noutro instante, A senda mais atroz se permitindo Aonde imaginara quase infindo Apenas o vazio se garante...
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Espírito maligno dominando A face mais cruel do quanto possa E traz além da queda a própria fossa E nisto não presume como ou quando, Dos montes, cordilheiras navegando Até que no final de tudo apossa E assim este cenário agora endossa O quanto se moldara mais infando, Assisto à derrocada e vejo o caos O Xiao já se apresenta de tal forma E sempre quando ataca a alma deforma Marcando com terror o dia a dia E nada mais pudera ou já teria, Senão estes momentos rudes, maus.
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Xing Tian um gigante sem cabeça, Trazendo a sua face em suas costas Vagando sem sentido nas encostas E quando se pressente ora enlouqueça E todo este cenário a vida teça E mesmo quando sei que te desgostas Nas danças mais terríveis vãs apostas, A sorte na verdade dele esqueça, Na luta contra o bravo Imperador, Decapitado fora e de tal sorte, Perambulando assim, pior que a morte Castigo sem igual em dor terrível, O quanto poderia e já não traz Somente este caminho que ora faz, Sem ter qualquer descanso e imperecível.
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Xuanpu a encantada terra cerra Diversa maravilha em amplitude E quando tantas vezes nos ilude Acima do que possa em alta serra, A vida de tal forma ali encerra Beleza com diversa magnitude E trama o que pudera a juventude Enquanto outro caminho se descerra, Vagando pela sorte tento vê-la Quem sabe noutro espaço, alguma estrela, Kunlun montanha mágica me guia E sinto mais distante desta senda Que o tempo sem ter tempo não desvenda E nela toda a sorte eu mais queria...
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Penglai, o paraíso aonde espero Eu tenha meu descanso finalmente E sei do quanto possa enquanto tente Vencer este temor audaz e fero, Destarte na verdade o todo eu quero Reinando sobre a sorte plenamente, O mundo se desenha em minha mente Tentando este cenário mais sincero, E vejo ser possível este passo E quando noutro rumo me desfaço Procuro a remissão em nova fase, E mesmo que talvez a vida trame Destino num diverso e vão ditame Meu sonho neste encanto ora se embase.
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Di Yu este infernal caminho aonde O tempo sem sentido não se dá E o quanto se anuncia desde já Ao nada na verdade corresponde A morte se presume e se responde Tentando outro caminho, mas só há Este cenário amargo e moldará Além desta esperança que se esconde, Mergulho no vazio e nada vejo, Deixando o dia a dia malfazejo Tropeço nesta insânia e nada vem Somente esta mortalha em rude cena Enquanto a vida amarga me condena, Uma esperança foge com desdém...
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Fusang; esta ilha mágica traduz O quanto poderia ser diverso Gerando a cada instante aonde eu verso A imensa e generosa bela luz, Quem sabe no Japão? Ou mesmo além A vida trama a sorte que se quer, E vendo outro caminho se vier O todo que deveras segue e vem Trazendo num sonhar o que se tenta Vencendo algum temor em leda sorte, O tanto que se possa e nos conforte Ousando muito além desta tormenta, E nisto o tempo dita alguma paz, Que mesmo sendo frágil; satisfaz.
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