Júlio Verne

Data 08/02/2011 18:25:55 | Tópico: Poemas

Júlio Verne, em francês Jules Verne, (Nantes, 8 de fevereiro de 1828 — Amiens, 24 de março de 1905) foi um escritor francês.
O autor de 20 Mil Léguas Submarinas morreu no ano de 1905 e faria hoje 106 anos se fosse vivo.




Que espetáculo notável! Subíamos por rochas que se desmoronavam repentinamente em grandes massas, com um ruído surdo de avalancha. De espaço a espaço surgiam clareiras, que pareciam abertas por mãos humanas, dando a impressão de que iria ver-se de repente um habitante daquelas paragens submarinas.
Pouco minutos depois chegávamos a um ponto alto de onde se avistava toda aquela massa rochosa, em um plano de dez metros. A montanha elevava-se apenas de setecentos a oitocentos pés acima da planície; em compensação, a outra vertente descia quase o dobro.
Essa montanha era um vulcão. A cerca de cinquenta pés do topo, entre um dilúvio de pedras e lava, uma grande cratera jorrava torrentes de lava, que se espalhavam um cascatas de fogo, no seio da massa líquida. Nessa posição, o vulcão, como se fosse uma tocha gigantesca, iluminava a parte inferior da planície, até onde alcançava a vista.


Disse que o vulcão submarino lançava lavas, e não chamas. Para haver combustão é preciso o oxigênio do ar, e a chama não poderia formar-se sob as águas; mas as camadas de lava, que têm em si mesmas o elemento de sua combustão, podem adquirir coloração vermelho-esbranquiçada, podem lutar contra o elemento líquido e evaporar-se com o contato dele. Correntes rápidas arrastavam todos aqueles gases em difusão e as torrentes de lava deslizavam até o sopé da montanha como se fossem resíduos do Vesúvio sobre uma outra Torre de Greco.
Perante mim, surgia uma cidade destruída, em ruínas, com seus tetos desabados, seus templos destruídos, seus arcos deslocados e suas colunas derrubadas ao solo.
- Onde eu estava? Queria saber a resposta a todo custo.
O capitão Nemo aproximou-se e fez-me parar com um gesto. A seguir, apanhando um pedaço de pedra calcária, escreve numa rocha de fasalto uma única palavra: "Atlântida".
Aquelas ruínas que eu contemplava como testemunhos inegáveis de uma catástrofe eram da Atlântida, região submersa que existiu separada da Europa, onde viviam os poderosos atlantes, contra os quais foram destinadas as primeiras guerras da antiga Grécia!

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