SERENO

Data 26/01/2011 16:59:31 | Tópico: Poemas -> Amor


Em minha vida mil namoradas tive,
má sorte, que para a aventura vivi;
só no sonho, sonhado é que retive,
que não era sonho, o quanto perdi.

Muitas lágrimas então fiz derramar,
dessas belas moças tão carenciadas
e humildes; que quem devia chorar,
era eu, por não havê-las, mitigadas.

Ah, mas eu, queria era possuir-me,
ter o Mundo a meus pés, sem dano,
entrar no mar, e na água sentir-me,
e com ela lutar, nas ondas, lutando.

Assim pla Natureza nasceu meu ser,
falando às coisas, que, ninguém liga,
observando com mis mãos de tecer,
que, aqui, não há, nenhuma intriga.

Na casa dos «enta», mui mais nobre,
a Natureza, pregou-me uma partida;
(tudo o que desce, também o sobe);
e presenteou-me uma bela rapariga.

Ao contrário do passado que olvido,
esta linda Mulher, é o meu absinto;
embora seja abstémio, dela devido,
é minha esperança, assim pressinto.

Jorge Humberto
26/01/11


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=172463