Rasgo o peito e as águas vêm lavar as dores o verde das folhagens faz cataplasmas, em cima das chagas abertas já não olho para dentro , tudo o que é belo contemplo assim de dentro para fora com a alma sequiosa de ver e beber desta água, deste verde que imponente cura e me faz sonhar contemplando as flores as gotas que caiem num lamento e me apaixono por elas e delas teço um manto com as cores e os odores que delas emana, nesta doce fragilidade e imponência que me cativa e me delicia faz-me doer o coração, por não lhes poder tocar mas somente contemplar que belo poder digerir nesta doce emoção um sentir que dói, feito de sensibilidade doçura, serenidade e verdade ao olhar e sentir-te em todo o lado meu Pai, autor da criação... Olho para dentro, e tudo o que tenho está agora em sintonia com a harmonia da beleza que criaste com as tuas divinas mãos que o tempo tráz sempre uma doce balada no vento que atento sopra e de repente a chuva cai, molha e refresca a testa da alma cansada que acorda e reluzente se reveste com a armadura brilhante que suavemente arranca do pensamento, para por fim se aninhar na ternura de uma flor e sonhar que o mais importante é viver, sentir e ter amor!