Poema da moça demente

Data 27/01/2011 03:48:29 | Tópico: Poemas

Poemas se avolumam;
diariamente renascem
dentro das horas.

Os versos recebem luz
nas páginas guardadas.

Inspirados, os olhos
seguem vaga-lumes.
Penetram o vazio da sala,
se encontra nas sombras
de espaços fechados.

O céu salva estrelas
nas alvura das mãos
e nos cabelos liso
pintados de azul.

As unhas vermelhas
desfiam as nuvens,
apagam luares.

Os pés descalços
descem as serras;
lavam-se nos rios
sagrados.

Alisam promessas
da terra molhada.

A moça demente se salva.

Guarda um novo poema
nas páginas de um livro
ilustrado com imagens
de borboletas e pássaros.




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