O Crente e a Crença.

Data 30/01/2011 13:07:21 | Tópico: Crónicas

O cristão comum é uma figura deplorável, um ser que não sabe contar até três, e que, justamente por sua incapacidade mental, não mereceria ser punido tão duramente quanto promete o cristianismo.

Friedrich Nietzsche

Na frase acima, Nietzsche faz uma alusão ao tão propagado inferno, que os religiosos e aproveitadores da fé, usam para atemorizar aos seus seguidores fiéis. Criaturas que seguramente estarão todos entre as chamas desse eterno sofrer prometido pelas igrejas, aos que não seguirem as determinações impostas por seu deus.
É impossível agradar a deus e conseqüentemente chegar a esse tão sonhado paraíso. A prescrição bíblica nunca será realizada por nenhum ser que nascer e viver nesse mundo. Cada seita ou religião, com seus deuses obstinados em oferecer terror, gincanas e sacrifícios, não dará margem a qualquer cristão chegar às portas do céu esperado por muitos que sacrificam suas vidas, a liberdade e o bom senso.
Sacrificam suas vidas quando, de cérebro lavado, entregam seus recursos aos padres e pastores na esperança de uma “salvação” intermediada por esses charlatões.
Perdem a liberdade, quando são condenados a não desfrutar das coisas que seus lideres desfrutam. Além de viverem assombrados com os castigos de deus. Apesar de pregarem a existência de outro ser imaginário chamado de satanás, que é detentor do mau, mas o que eles temem mesmo é seu próprio deus.
A perda do bom senso chega a ser uma coisa ridícula. É a que mais entra em acordo com a frase de Nietzsche. Como pode imaginar um ser racional, de sã consciência, que quando morrer irá para um lugar onde as ruas são de ouro e as colunas de suas casas de diamante?
As perguntas que me restam fazer é:
Por que acham que os seguidores de Alá são loucos quando cometem seus atos de destruição de pessoas e deles próprios, achando que vão ter algumas virgens lhes esperando no paraíso?
Por que acreditam que quase toda a população do mundo, exceto os que comungam a mesma fé, vão passar a eternidade nas chamas do inferno?
E mesmo assim, ainda acham que a sua religião é a mais amorosa e complacente.
Por que a ciência moderna, biologia, geologia, história e física não conseguem lhes convencer do contrário, enquanto um idiota qualquer rolando no chão e falando em línguas é tudo o que precisa para acreditar em deus?
Sente-se “menos humano” quando os cientistas dizem que evoluímos de formas de vidas primitivas, mas não vê problema nenhum com a alegação bíblica de que fomos criados do barro.
Afirmam que só existe um deus e que o deles é o verdadeiro. Os outros fazem a mesma afirmação e existem milhares de deuses e religiões.
Por que zombam das crenças hindus em relação à deificação das pessoas e das crenças gregas que falam de deuses fazendo sexo com mulheres, e não vêem nenhum absurdo em acreditar que o Espírito Santo engravidou a Virgem Maria, que depois deu a luz a um deus-homem que foi morto e ressuscitou?
Por que reprovam as atrocidades atribuídas a Alá, e não sentem nada quando lêem sobre como deus exterminou todos os bebês em “Êxodo” e determinou o extermínio de grupos étnicos em “Josué”, inclusive mulheres e crianças e até as árvores?
Não será insignificante uma taxa 0,01% de sucesso para as preces que são “atendidas” e tornam-se milagres – que prefiro chamar de coincidência – enquanto 99,9% falham e preferem dizer que foi a vontade de deus?
O crente só conhece algumas partes da bíblia. Aquelas que os pastores e padres determinam que leiam. São as mais chorosas, profundas, as que realmente tenham poder sobre seus cérebros.
Um crente conhece menos a bíblia e a história do cristianismo do que um ateu.





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