Mutantes

Data 11/09/2007 15:45:56 | Tópico: Poemas

Somos sangue que corre como rios dentro de nós,
que nos empurra, nos segura, nos devora.

Somos montanhas de esperança, desertos de sede, mares de raiva a quebrarem-se nos braços do medo e da loucura.

Somos raízes que se agarram às areias movediças e que se movem sobre pedras

Somos a significância das palavras arrancadas aos gestos com chicotes de fogo
que nascem do nada e se transformam na nossa essência.

E abrem, abrem, abrem os limites fechados do presente,
alucinado, cego de obscuridades e insónia que sustentamos num prenúncio de morte.

Somos tudo
Somos nada


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=17313