O sim por que hei-de morrer
Data 01/02/2011 19:33:46 | Tópico: Poemas -> Amor
| Prendias-me o olhar em transes de levitação incorpórea e pétalas na brisa (com que as tuas mãos me envolviam). E assim, leve e acima de todos os olhos que me cercavam, dizia-te não, com meus lábios apertados em botão de flor impaciente (que te amava).
E era assim, e era sim, o não com que te torturava.
Muitos ventos já passaram sobre a ponte que nos fez rios... e ainda assim, atravesso tempo e ventos, folha à deriva, onde escrevo restos de encantamento duma história por contar - prendo o olhar num ponto do esboço preso ao papel e aí o imolo, em fogo (mesmo que as minhas mãos desenhem gelos nos gestos).
E é assim, será assim, o sim por que hei-de morrer.
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