
Os gritos dos aflitos
Data 02/02/2011 08:57:59 | Tópico: Poemas
| Reclamas sem pudor Sobre meu corpo despido Nas raízes que em ti viste crescer Reclamas do meu amor Tão forte não querias tu que fosse
Asas de quem quis voar Sem se entregar a dor As passagens nuas Por cumprir
Os gritos dos aflitos Que caminham para alem do ser Onde me perco sem razão Onde me vi nascer
Recantos e súplicas No convite da alma que te viu crescer Ela não duvida Que teu corpo sangra Em vida No amor alem de quem dor
Reclamas porque o ceu e azul E o norte do sul Será sempre o sul do norte Reclamas porque a noite e muito escura E o dia muito claro
Expoente onde eu sou pendente Nas graças de quem me quer Eu colho frutos sem fim Tu recolhes beijos por dar
Eu ressurjo Tu te escondes Eu me incendeio Tu te tornas cinzas
Eu apenas amo Tu apenas dizes amar A areia sempre morna Para tanto deserto escaldante
As tempestades que cá ficam São aquelas, que não deixaste partir
A muito A muito do tempo Em que eras apenas uma criança Com um sonho E eu um pequeno balão
Escutei teu ar Teu vento A sombra do mar Criamos segredos Entre nossos medos Planos secretos para o mundo enfrentar Tu eras o escudo Eu a lança Eu o amargo Tu o doce E nisso tudo Na verdade que já passou Construímos nosso nome Na base nos claustros De nosso amor E sempre soubemos escalar A vida de mão dada E sempre o céu olhar Agora para de reclamar
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