Sonhos Cintilantes

Data 02/02/2011 21:21:14 | Tópico: Poemas

Ai! Como eram alados e cintilantes
Todos os sonhos de mim nascidos
Finas flores de pétalas radiantes
Em canteiros que fiz ainda menino!

Ai! Como eram belas as tantas cascatas
Das líquidas e límpidas águas brotadas
Que faziam mais bonita a minha cidade,
Mais boninas as minhas pálidas faces
Como enfeites de praças de mais idade!

Ai! E as manhãs de esperanças tantas!
O astro rei colorando a todos e a tudo,
Dos amores correndo serelepes pelo mundo
Enquanto as águas continuavam mansas
Entre as ramas e as flores de tons amarelos,
Entre jacintos de rios esmaltados e belos!

Ai! Os orvalhos genuínos de tristes olhos,
Galos de poetas que tecem todas as manhãs,
Os Canários-da-terra chilreando canções...
O ar enriquecido de baunilha e hortelãs
Quebrantando elos e tenazes dos corações!

Anonimato dos amores puros e reprimidos.
Violões que plangem as mais tristes notas.
Nasce a humanidade de uma rama torta
Num momento que jaziam os amores derruídos;

No momento fatal de um descuido divino,
Mas que transformaram em brilho, os limos,
Em uma busca constante da felicidade
Sem sequer se importar onde ela mora.



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