Poesia que me conduz por caminhos Nas madrugadas frias e tristonhas Onde viajo amargurado e sozinho Na angustia de uma solidão medonha.
Que me faz compor o que nunca imaginei Projetando ao espaço sideral O amor que um dia sonhei Mas que na verdade jamais foi real.
Que me leva ser condenado Por preconceitos ou hipocrisia Daqueles que vêem em tudo pecado Quando sou apenas, escravo da poesia.
Ela invade o meu ser sem licença pedir Ciumenta, envolvente, dita o que fazer Entorpece-me com o tema que deseja fluir Não retornando se por acaso eu a esquecer.
Poesia é mutante, transforma-se a todo instante Erótica, romântica, religiosa, ou apenas uma flor Uma fabrica de sonhos e gloria dos amantes Não sei dizer, onde ela termina e começa o amor.
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