
ENCONTRO COM O RIO
Data 09/02/2011 16:12:10 | Tópico: Poemas -> Alegria
| Por veredas de caminhos estreitos, passeio entre folhas caídas, enquanto algumas pedras são escolhos, que a Natureza deixar escolheu, para que nada se possa descaracterizar, destes lindos rumos, que são meu caminhar pelas manhãs adentro, com o sol radiante no céu azul, e os gorjeios dos pássaros sinfonias.
Depois de tomar um pequeno atalho, ouço o som vibrante de águas, providas de músicas sibilantes, que um rio, mais ao largo, não deixa destoar, no seu correr liberdade, pelas orlas das veredas, separadas por cercas de madeira, apanágio do Homem, que marca tudo, territorialmente.
Não achando entrave, nas cercas, de arame e de madeira, passo-me para o outro lado, onde corre o rio e aí procuro, onde sentar meu cansaço, que é de ar puro (mas eu sou um poeta da cidade, onde as flores são de aço e as estradas de alcatrão, e as fábricas, expelem sua poluição, até esta se entranhar, nas paredes).
Já descalços os pés, ao ar, entro nas águas límpidas do rio, com cuidado extremoso, para não escorregar nos seixos, que têm algas, como passageiros, e vejo embevecido, alguns peixes dourados e outros vermelhos, ziguezagueando, no ébrio rio, enquanto procuram águas mais profundas, para se alimentarem e acasalarem.
E neste encanto adormeço, ao som das águas.
Jorge Humberto 09/02/11
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