
Minha mortuária
Data 10/02/2011 19:13:56 | Tópico: Poemas -> Sombrios
| Na dor, no sofrimento, No teu ato inconseqüente No teu coração, no teu descaimento Na tua incessante mente.
Caíste, de languidez teu corpo inebria-se Deitadas na tua fraqueza moral De pele tão nívea, agora, conquista-me Neste teu leito, imergido, sensual.
Tua mão, mole, se engasga ao som do martírio Mortuária, teu olhar sangra teu espírito... Cai, afunda-se, precipita-te Amor, não encontra-te.
Tu em teu abatimento, colocas teus pés em contato Com o chão frio... Como teu corpo, és, também, frio Melancólica, tua face incendeia-se, este teu ato Queres tu morreres linda jovem. Toca-te o vento vazio.
Descansa-te anjo, decaído. Não espia-te a rua Não há ninguém a observar-te, na tua linda dor... A não ser?... Ah, a imaculada lua É isto, que a ti restou, a admirar a lua, em teu torpor.
Fiques aí então, na janela a admirar Um dia aí só estará, tristemente, a tua ausência Pois em tuas veias nasce, doença forte, a te embriagar Nada mais, a me lembrar... Um dia tu tiveste existência.
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