AQUELA JANELA BRANQUINHA

Data 10/02/2011 21:03:21 | Tópico: Poemas -> Amor

Naquela rua sombria
Debaixo do candeeiro
Ao frio, passava horas.
Nem a tua sombra eu via
Era no mês de Janeiro
Como de costume chovia.

Na soleira de uma porta
Que me servia de abrigo
Ali passava o meu tempo.
A tua janela estava morta
E nem sequer o postigo
Lhe passou o testamento.

Aquela janela branquinha
Que tanto me fez sofrer
Continuou sempre fechada.
Ficou para mim a janelinha
De o amor de uma mulher
Para mim acabou em nada

Enfim, deixou de chover
O meu coração ficou frio
O nevoeiro o envolveu
Mereceu a pena sofrer
Pois o amor é como um rio
Nasce alto, acaba por morrer.

A. da fonseca



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