Já ninguém faz alarde (21/04/2007)

Data 14/09/2007 13:06:59 | Tópico: Fados

Já vai longe a tempestade
Mas assombras com rancor
A minha felicidade
Em sinal de lealdade
Não te falo mais de amor

Já vai longe o meu desgosto
Acaba com desengano
Pois sorrir não paga imposto
Sei que não sou ao teu gosto
E não te vou causar dano

Se nem sempre o amor arde
Se foi longe não comento
O amanhã fez-se tarde
Já ninguém faz nisso alarde
Estás no meu pensamento

Se me escutas volta e meia
Fazes ares de amuado
E dizes palavra feia
Prometes mesmo cadeia
Temos o caldo entornado

Se o meu fado é fatalismo
Então tudo tem um fim
Onde está o meu egoísmo
Nesta vida de heroísmo
Ai, o que será de mim


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=17553