Minhas póstumas escrituras Lavras utópicas de bel prazer Feelings em partituras Muito tenho pra dizer
Minha lápide ambrosia pura coberta por rubra rosa adscrever meu romanesco viver em lisuras qual cereja madura para sorver
Antes porém, vou destrambelhar desfilar nua pelo passaredo enterrar todos os meus medos
Em meio ao alvoroço vou gritar Recitarei as prosas, meus segredos Morrerei na poesia num dia azedo!
-------------------------------------- E de tanta arruça, pé quebrado Farei folguedos com papéis Culpa exclusiva dos menestréis que trouxeram a lira do passado
Sonetos remendados, mal cozidos em caldeirão de sensualidade onde figuram calcinhas e a idade da mente in (descente), empertigo
Jogarei as sílabas ao céu de arlequim Sem contar uma sequer, é o fim Bandeira negra, pintura a nanquim
E ainda perguntas qual o manequim? Mortalha não tem número e enfim um ataúde cheirando a jasmim!