
AZUIS AS ÁGUAS
Data 14/09/2007 16:48:02 | Tópico: Sonetos
|
Azuis as águas, que nos meus olhos se revelam; Rio temeroso da história suas muitas conquistas; Hoje, mar morto, que as precisas gaivotas velam, Quando em alçado voo se parecem a trapezistas.
Já não é o rio da minha aldeia, este que eu vejo, Parece desorientado e cego, sem ter para onde ir; E as recordações de menino é tudo o que antevejo Para este rio, que, de quando em vez, se põe a rir.
Ri da ignorância do homem, construindo fábricas, Sem se preocupar com suas águas já poluídas; Ou talvez ria para não chorar suas secas estrábicas.
Corre, meu lindo rio, para onde te levam as águas; Que tuas ondas tremeluzentes não sejam sentidas Nem contenham em si as mais tremendas mágoas.
Jorge Humberto 13/09/07
|
|