memória
Data 19/02/2011 08:07:53 | Tópico: Poemas
| Na verdade essa voz que oiço Do longe que não vem O silencio que me acerca Em muralhas pelo medo Eu me espelho ao mundo De peito aberto Em cada vez que pensei que seria feliz e não fui Em cada plano que planeei e fracassou Em cada caminho que extingui Na verdade deixei de procurar Para me deixar ser encontrado Deixei essa voz falar Deixei de ficar calado Resto eu no silêncio que a recordação me traz Recolhendo as cinzas do passado Entre as nuvens carregadas de intempéries Quando me torno esquecimento Mesmo lembrado Onde tu permaneces sem mim Numa morada incerta Um sinal de memória em memória Num mundo desgastado pelo homem Quem reserva quem? Para a ceia final E a memória ainda é recente Assim como a vida é curta Para tanto amor A mentira é a mesma Na verdade em jazigo Com serenidade Te digo, tenho a esperança ainda viva No sopro que em mim reside No sangue que corre em minhas veias Que até ao fins dos tempos te vou amar Na esperança que em mim vive
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