Só o Tempo dirá do Tempo, se é alento, se é vento, e que as folhas no inverso do verso, controverso, serão pura magia ou agonia.
Pois o Tempo tem o condão da ilusão, da emoção, e como qualquer flor fenece, é prece, esmorece, num jardim bem longe daqui.
Tempo a saudade não aligeira, se abeira, ligeira, e traz ao pranto irracionalidade, infelicidade, vacuidade, nos olhos rasos d’água e mágoa.
Mas o Tempo é mais que Tempo, atento, incremento, que desenvolve o que envolve, e resolve, e volve, ao intemporal, para todos igual.
O Tempo não espera a demora, vai embora, se colabora, estica a mão e pede seu quinhão, diz não, é negação, que vive entre nós, se estamos sós.
Mas o Tempo pode ser alegria, apologia, sincronia, e faz do amor, aquele leve sabor, ao dispor, de um olor, que é uma verdade em liberdade.
Jorge Humberto 20/02/11
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