Noite, fatalidade dos ignorantes

Data 23/02/2011 01:22:21 | Tópico: Poemas

Ele está ali, estirado no meio da rua
O sangue escorrendo, fluido imortal.
Morto ao beijar da lua
Noite que lhe foi de todo o mal.

E agora? Suicídio?
Pulsos cortados? Negativo...
Então um homicídio?
Sinal de esfaqueamento ou tiro?

Vertente de pensamentos, inúmeras possibilidades,
Já estão retirando o corpo, avisando a família.
O cadáver se foi, levado ao som do silêncio. A cidade
Parou para ler em todos os jornais. Intensificaram a vigília.

O medo percorrendo as ruas escuras
Até os boêmios se esconderam, se dissiparam...
A noite se tornara impura
Moradia da morte. Loucos, psicopatas, estupradores
Abocanharam-se deste silencio, e são os assustadores.

Pobre moça que vaga ai, a mostrar tua inocência,
E as crianças abandonadas, não têm aonde ir...
Perdidas, incompreendidas, ignorantes existências.
São os brinquedos da maldade, a lhes assistir.


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