Noite de amores aqui cantados na voz solene dos pássaros nocturnos que gorjeiam canções de embalar no cimo das árvores, encimadas de ninhos e de folhas, que murmurejam ao toque do vento.
A lua vai alta no céu e os namorados dão as mãos em rito ancestral como que a dizer que a noite é deles e que as estrelas, luzindo ensejos de beijos, são pequenas bocas desenhadas no rosto de cada um.
Pulsam fortes os pulsos na ânsia de uma carícia – e os peitos se aproximam no desenrolar do silêncio que não cala.
Há sorrisos no ar e momentos de alegria nas vozes perpetuadas pela frequência dos gestos, que se manifestam , quanto mais a lua se vê envolvida com os jovens casais, ao vê-la tão perto como segredando-lhes.
Jorge Humberto 23/02/11
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