Um sol nada envergonhado, invadiu as ruas, de manhãzinha pelo frescor – e era tal o seu imenso rubor que um pássaro encantado, trazia no bico ramagens e luas.
Descendo aos jardins folgado, lá pousou as luas, por sobre o orvalho com amor – e as flores, num eterno supor, creram um ninho ali infiltrado, não de uma mas de duas.
Pelo pássaro do céu ofertado, as palavras cruas, diziam do povo o alto clamor – que por não entenderem alvor mais intricado, se viu instigado, a proteger as flores, inda nuas.
E assim as luas, para outro lado, viajaram as duas, em bico de ave, seu esplendor – se se tem um comum dominador, não há preconceito alienado nem autismo de rua.
O pior, é quando lidamos, com o que nos é diferente!
Jorge Humberto 27/02/11
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