oito divagações para regressar devagar

Data 28/02/2011 21:34:30 | Tópico: Prosas Poéticas

Veni, vidi, vici
(vim, vi, venci)

(quinta)

(veni)
os cheiros giravam enlouquecidos e sempre entranhados no aroma de amido, doce, da vaidade com murmúrios confundidos de febre, ah, esse nome pronunciado de mente em mente como uma laguna de longínquas recordações retidas, no ébrio transe das secções a castigar.me…e a mais espessa noite contemplava.me…, tinha aberto as portas do epicentro.

(vedi)
não passava de uma mulher esborratada de baton carmim que trazia vórtices para beber durante alguns minutos inconsequentes. uns quinzes minutos talvez que passavam rápidos. uma condição aberta de ópio, agrafada ao ombro superior da mentira pela encruzilhada passerelle onde tudo corria devagar, onde tudo era guardado numa caixa de primeiros socorros cerzida no ombro superior da verdade.

90-60-90

(vici)
eram essas rigorosamente as medidas. as medidas do pesadelo que faz com que se acorde de manhã com olheiras carregadas. nem dei conta que estava morta…subiram o pano e, deixei.me, voar, deixei.me buscar outras flores, deixei.me buscar outro nome, outra primavera em busca de outra morta.



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