o silêncio da flor

Data 08/03/2011 15:36:05 | Tópico: Poemas

há poemas acesos como pressas


fugas disparadas nérveos alvos
bocas

sons tóxicos falsas boninas às janelas
abertas

tal qual palavra de fogo pelos cabelos
de espanto

um enxerto de miragem ao chegar
morto


há poemas a queimar pontes
cegas

levantadas e na queda, quase
palavras

a regurgitar a margem de todas as coisas
escritas

esquecem no blush as vergonhas,
estiolam

no verbo, a água da fonte, clara,
pela raiz

o tempo de ser ave, a ternura rara
o silêncio

de dizer a liberdade
da flor

mais bela.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=178567