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Data 09/03/2011 01:43:18 | Tópico: Poemas

Eu te amo,
e te amo mais quando a mim mesmo prometo que por uma última vez
vou desfigurar os meus versos para te falar desse amor que me fez
destilar paixão para não beber.

...do primeiro ao último passo nós mudamos tanto...

Pintei um nú, dormi com fotos
e escrevi o teu nome nas paredes virgens do meu quarto.
Te chamei de um nome diferente dos que já te chamaram os outros,
e por tuas juras fiz-me prisioneiro do mês de maio,
assim como são, aternamente, todos os outonos.

A primeira vez que roubei, foi uma flor, que roubei pra tí,
e a minha primeira prece, dediquei a tí;
e nem mil mariachis comporiam um hino que te fizesse eterna,
tal como fiz.

...mas com pedras e pó alimentei meus sonhos...

E agora, enquanto brincas com os fios da blusa que vestiste pelo
avesso, as contas negras de um terço vão e vem pelos meus dedos,
corrídas pela força das minhas preces.

(T.Yudi)



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